O governo de Portugal ofereceu na quarta-feira, 15 de setembro, 76 mil doses da vacina AstraZeneca contra a covid-19, bem como os materiais necessários para viabilizar a administração das vacinas, nomeadamente, seringas e agulhas.
Esse é o segundo lote de vacinas que Portugal oferece à Guiné-Bissau como apoio ao plano nacional de vacinação contra a covid-19, depois das 24 mil vacinas recebidas de Portugal em julho último.
Com este apoio, o país ascende agora a 100 mil, o número total de vacinas doadas pelo governo português à Guiné-Bissau. A doação enquadra-se na segunda fase do plano de ação na resposta sanitária à pandemia da covid-19, entre Portugal e os países africanos lusófonos e Timor Leste.
A Alta Comissária para combate à covid-19 na Guiné-Bissau, Magda Robalo, disse na sua declaração aos jornalistas que o país tem, neste momento, cerca de meio milhão de doses de vacinas recebidas dos seus parceiros, tendo anunciado que se aguarda para o final deste mês a receção de mais de 200 mil doses da vacina Sinopharm.
“Estamos agora com um arsenal que nos permite progredir no domínio de combate à covid-19, através da vacinação”, assegurou a alta comissária.
Explicou que a colaboração com o Portugal no combate a pandemia da covid-19 não se resume só a ofertas de vacinas, mas também está alargada a uma “cooperação frutífera”, nomeadamente, no domínio da capacitação técnica dos profissionais de saúde da Guiné-Bissau.
“Quero transmitir ao governo português, através do seu embaixador no país e em nome da Guiné-Bissau, os nossos profundos agradecimentos por esta solidariedade e pela amizade que une o povo português ao povo guineense”, assegurou.
A Alta Comissária lembrou que dois países da União Europeia, nomeadamente, a Suécia e Alemanha ofereceram também à Guiné-Bissau doses de vacinas contra a covid-19. Agradeceu a colaboração e a cooperação de parceiros e países, no âmbito do combate à pandemia da covid-19 na Guiné-Bissau.
Magda realçou que a aderência massiva da população aos centros de vacinação, nas últimas semanas, tendo encorajado as pessoas a continuarem a vacinar-se, sobretudo a população mais idosa.
“Os dados que temos indicam que a população que se faz vacinar é a que está na faixa etária entre 18 a 49 anos de idade. A população acima dos 50 anos tem-se apresentado muito pouco para se vacinar. Temos também indicações que 63 por cento das pessoas que já se vacinaram são homens e só 37 por cento são mulheres”, afirmou e apelou às mulheres para irem vacinar-se.
Por seu turno, o Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, José Luís Caroço, disse que Portugal está em todas as iniciativas multilaterais no que toca a doações de vacinas, quer da União Europeia, das Nações Unidas e das organizações internacionais em que está inserido.
“No caso específico da Guiné-Bissau, esta é uma contribuição bilateral portuguesa que se enquadra no programa de apoio aos países da África lusófona e Timor Leste, no qual houve um compromisso assumido pelo governo português de conceder cinco por cento das vacinas do mecanismo comum da União Europeia”, notou.
Explicou que o vírus não conhece fronteiras nem barreiras, por isso “as respostas e a solidariedade têm que ser uma solidariedade sem barreiras e sem fronteiras”. No entanto, apelou ao Alto Comissariado a redobrar o esforço na sensibilização das pessoas para irem vacinar-se com o propósito de travar a pandemia.
Por: Assana Sambú



















