SISSOCO CONSIDERA BOICOTE DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE “ATO DE TERRORISMO” E GARANTE QUE HAVERÁ CONSEQUÊNCIAS

O Presidente da República da Guiné-Bissau, UmaroSissoco Embaló, considerou, na sexta-feira, 24 de setembro, que o boicote dos técnicos de saúde que paralisou todo o setor de saúde no país é um “ato de terrorismo”, garantindo que haverá consequências contra os responsáveis.

“Haverá consequências para os responsáveis. A Guiné-Bissau é um estado de direito, aliás, a grave é um direito que os trabalhadores têm, mas há dois setores que não podem aderir a greves, são os setores da defesa e da segurança. E também há ética e deontologia, aliás, os médicos juram que não podem levantar-se e dizer boicote, isso não pode acontecer, porque toda a gente tem o direito à vida. Haverá consequências e os responsáveis têm que ser responsabilizados”, disse.

Os técnicos de saúde promoveram um boicote, que paralisou por completo os hospitais e centros de saúde públicos na segunda e terça-feira passadas.

Os técnicos reclamavam o pagamento de salários e subsídios em atraso, o seu enquadramento no chamado Estatuto da Carreira Médica e ainda a melhoria de condições laborais nos centros de atendimento a doentes com a covid-19.

O Chefe de Estado falava na sua declaração aos jornalistas, depois da sua chegada de Nova Iorque (Estados Unidos de América), onde participou na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. 

Embaló assegurou que o governo deve assumir a sua responsabilidade neste sentido, como também a Procuradoria-Geral da República deve funcionar. Acrescentou que “uma pessoa falhada não pode levantar-se e praticar atos de terrorismo, esquecendo que há uma lei que o assiste. Matar pessoas é um ato de terrorismo”.

“Um médico jura salvar vidas. Uma pessoa civilizada faz primeiramente o pré-aviso de greve e negocia com o patronato antes de tudo, se não chegarem a entendimento, pode avançar para a greve que é um direito que assiste o trabalhador. Mas enveredar pelo boicote, isso é um ato de terrorismo e haverá  consequências”, advertiu.  

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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