O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau entregou esta terça-feira, 5 de outubro de 2021, na vara crime do Ministério Público, uma denúncia sobre um suposto desaparecimento de 4.750.000 (quatro milhões e setecentos e cinquenta mil) francos CFA na Direção Geral dos Serviços Prisionais e Reinserção Social e sobre a venda de uma viatura de marca MISTSUBISH, oferecida por um cidadão de boa vontade.
Após a entrega dos documentos ao Ministério Público, o Secretário Executivo do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau, Donato Bacali, disse que o sindicato não tem nada a pronunciar-se, porque já entregou os documentos sobre o assunto e que cabe à entidade responsável fazer a investigação e apurar a veracidade dos factos.
O sindicalista informou que o Estado criou os serviços da Guarda Prisional há vários anos, sem criar as condições logísticas e não pode subtrair o donativo recebido de terceiros.
“Quando outras entidades doam uma viatura para que esta instituição possa fazer o seu trabalho, vendem-na. O embaixador da boa vontade, Mohamed Sidi Ahmed, tinha oferecido viaturas, uma desapareceu e não se sabe do seu paradeiro”, denunciou.
O sindicato exigiu também esclarecimentos sobre o dinheiro doado para a compra de fardamento em 2019.
Donato Bacali disse que o corpo da guarda prisional não tem nenhuma condição em termos da prevenção da Covid-19.
“Nós lidamos com diferentes pessoas. Os familiares visitam os reclusos, de maneira que a vulnerabilidade é enorme, mas essa situação nunca mereceu a preocupação do ministério da justiça. Enfrentamos enormes dificuldades quando um recluso se sente mal e precisa de assistência médica, não temos viatura para transportá-lo para hospital, e por vezes arriscamos levá-lo num táxi. O que não é aceitável ou pedir um colega que tem viatura para nos apoiar” disse, argumentando que por cada denúncia, entregaram os documentos justificativos ao Ministério Público.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A



















