Abertura do ano letivo: PM NABIAM PEDE BOA FÉ AOS SINDICATOS PARA O LEVANTAMENTO DA GREVE

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse esta sexta-feira, 15 de outubro de 2021, que o governo não está em condições de resolver todas as exigências dos sindicatos, por isso pediu a boa-fé dos sindicatos para chegar a um compromisso que permita o levantamento total da greve para a retoma das aulas.  

“Esforçamo-nos a e estamos flexíveis no sentido de poder encontrar uma solução com os sindicatos. Apelamos à boa-fé dos sindicatos, porque o ministro da Educação esforça-se naquilo que é possível de momento para cumprir as exigências dos sindicatos”, disse o chefe do governo.

Nuno Gomes Nabiam falava durante a cerimónia simultânea do encerramento do ano letivo 2020/2021 e a abertura do novo ano letivo 2021/2022, realizada nas instalações da Escola Nacional de 

Administração, em Bissau, sob o lema: “Estabilizar o sistema educativo guineense e assegurar o regresso às aulas com seguranças, sem coronavírus”.

Nabiam assegurou que o governo está a trabalhar afincadamente para a melhorar a situação no ministério da educação, acrescentando que o governo tem feito muita coisa e que honra alguns compromissos assumidos com os sindicatos.

“O governo desembolsou cerca de dois biliões de francos CFA para honrar compromissos assumidos. Tínhamos na mesa o pagamento da carga horária e o governo desembolsou 500 milhões de francos cfa para resolver a questão da carga horária” disse, reconhecendo que o país não tem condições de resolver todas as exigências sindicais.

Solicitado a pronunciar-se sobre a disponibilidade do governo para aumentar o orçamento para o setor da educação guineense, disse que ouviu os pedidos e que tomou em consideração todas as preocupações. 

Acrescentou que o governo está a trabalhar o orçamento de 2022, tendo admitido que certamente haverá algum aumento para o setor da educação.  

Por seu turno, o ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Cirilo Mama Saliu Djaló, reconheceu que o ano letivo findo foi concluído com muitas dificuldades e sacrifícios.

“Faço votos para que o ano letivo que se inicia conheça menos sobressaltos e que tiremos as devidas lições de tudo quanto atravessamos durante estes dois últimos anos letivos, particularmente no que concerne às prolongadas paralisações de aulas conjugado com a pandemia da Covid-19 que fustigou as vidas das nossas populações e as nossas economias”, referiu.

Apelou aos alunos, professores e aos pais e encarregados da educação para que comunguem sinergias em prol do desenvolvimento e da qualidade do sistema educativo da Guiné-Bissau, em benefício das gerações presentes e futuras.      

O presidente da Associação Nacional de Estudantes da Guiné-Bissau, Bacar Darame, criticou que nos últimos três anos, os anos letivos não tenham sido bem sucedidos devido às constantes paralisações. 

No entanto, exortou o governo no sentido de garantir a funcionalidade efetiva das aulas durante o ano letivo que se inicia.

Por: Assana Sambú  

Author: O DEMOCRATA

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