A escola comunitária “Comandante Domingos Ramos” na aldeia de Tubacuta, setor de Bambadinca, região de Bafatá no leste da Guiné-Bissau, foi totalmente destruída pela chuva entre os meses de julho e agosto deste ano, deixando centenas das crianças em incerteza e risco de ficar sem estudar este ano letivo.
A comunidade local mostra-se preocupada com a falta de resposta das autoridades regionais, que foram informadas da situação e do número de alunos que correm o risco de ficar sem estudar. A escola foi batizada com o nome do herói da luta de libertação nacional, Domingos Ramos, que tinha a sua barraca naquela aldeia tendo os residentes locais decidido homenageá-lo.
A escola dispõe de duas salas de aulas e funciona com níveis da 1ª à 4ª classe, em dois turnos, de manhã e à tarde. O período da manhã é reservado aos alunos da 1ª e 2ª classe e à tarde aosalunos da 3ª e 4ª classe.
A comunidade fez a contratação local dos professores que são pagos através das propinas mensalmente. Os alunos da 1ª e 2ª classe pagam 250 francos CFA´s mensais, enquanto os da 3ª pagam 500 francos FCA´s e os da 4ª classe pagam 1000 francos FCA´s.
O diretor da escola, Demba Djassi, disse na entrevista ao semanário O Democrata que a situação da escola é muito deplorável e que pode levar as suas crianças a ficarem sem estudar este ano.
Apesar dos riscos que correm, Demba Djassi revelou que a comunidade local está engajada em encontrar uma solução rapidamente para ajudar as crianças e, segundo a sua explicação, uma das soluções passa pela construção de uma escola de barracas.
Djassi explicou que a escola foi construída pela comunidade e com o estatuto da gestão comunitária, tendo acrescentado que nos últimos anos aumentaram a 5ª e 6ª classes. Frisou que contam com 13 alunos da 5ª classe e a nível da 6ª classe apenas dois alunos, porque “alguns já tinham sido matriculados pelos seus encarregados de educação na cidade de Bambadinca.
“Estudamos aqui o ano letivo completo no ano passado e não houve nenhuma paragem” contou, para de seguida avançar que a escola dispõe de 3 professores que lecionam da 1ª à 6ª classe. Demba Djassi frisou que os professores são apoiados por ele, na qualidade de diretor, para lecionar os níveis da 1ª e 3ª classe.
Sobre a situação do edifício da escola destruído pela chuva, disse ter informado já os deputados eleitos naquele círculo e o delegado regional do ensino, mas estão a aguardar com muita expetativa o apoio dos deputados e das organizações não-governamentais interessadas em socorrer as crianças.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S



















