O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exortou às Forças Armadas guineenses a assumirem “uma postura Republicana”, de submissão à vontade livre e democraticamente expressa pelo povo, criando condições para o pleno funcionamento do Estado de Direito.
A exortação do partido vencedor das legislativas de 2019, mas que está na oposição, desde que o atual presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, assumiu o poder, vem expressa em comunicado da sua Comissão Permanente tornado público, esta terça-feira, 16 de novembro de 2021, dia das Forças Armadas.
O Presidente da República decidiu este ano, pela primeira vez, adiar as celebrações do quadragésimo oitavo da independência da Guiné-Bissau para o dia das forças armadas, devido às restrições devidas às covid-19.
O PAIGC manifesta o seu repúdio e condenação às “vãs tentativas de ofuscar” os marcos históricos do povo guineense, nomeadamente, a data de 24 de setembro.
“Há pouco mais de quarenta e oito anos, nas colinas de Boé, sob a direção do PAIGC, mulheres e homens escolhidos pelo povo guineenses e vindos de todos os cantos do nosso país, proferiram solenemente o ato de proclamação do nosso Estado” lembrou, avisando que esta conquista “não pode em circunstância alguma ser subjugada a outras intenções e sobretudo a jogos de aproveitamento político.
Não obstante ter felicitado as Forças Armadas pelo serviço ao país na defesa da integridade territorial e soberania, o PAIGC apela à classe castrense a distanciar-se das celebrações da independência no dia das Forças Armadas, exortando à população guineense a manter-se atenta e vigilante contra “todas as manobras e os atentados flagrantes aos valores da nossa afirmação como nação independente”.
Por: Tiago Seide
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