O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que 2022 será um ano de grandes desafios na governação do país e na administração local. O chefe de Estado fez essa afirmação na tradicional cerimónia de cumprimentos do ano novo em que recebeu o poder executivo, as chefias militares, os governadores interinos e o presidente da Câmara Municipal de Bissau.
“Não posso deixar de ser crítico, porque continua adiada a implantação da administração local definida imperativamente pela Constituição da República”, declarou.
Na sua intervenção, Embaló frisou que no plano de governação ainda persistem muitas dificuldades, tendo afirmado que apesar das dificuldades que o país tem enfrentado “muitos sucessos” foram alcançados, destacando os progressos alcançados, nomeadamente, nas obras públicas, na agricultura, na comercialização de castanha de cajú, na luta contra a pandemia da Covid-19, nos esforços e na capacidade de gerir os serviços de saúde, “com a normalidade consolidada” e o pagamento regular de salários aos servidores públicos.
O Presidente da República destacou ainda alguns avanços registados: diálogo com os parceiros sociais para desbloquear a situação de greves que têm afetado o normal funcionamento das escolas públicas e serviços de saúde.
Sissoco Embaló lamentou que o país não tenha conseguido concretizar o processo de autarquias locais, 27 anos depois da institucionalização da democracia na Guiné-Bissau
“O ano que agora findou, deixou uma marca profunda na restauração da imagem da Guiné-Bissau no concerto das nações de um país que sujeitava-se a um aperto de acompanhamento da comunidade internacional. A Guiné-Bissau conseguiu toda essa transformação que também refletiu nas forças armadas “, sublinhou.
O primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, disse na sua intervenção que 2021 teve ganhos significativos na visibilidade internacional do Estado guineense, cujos benefícios se vislumbram paulatinamente.

O chefe de governo alertou que é preciso reconhecer que no âmbito interno, o país tem ainda muitos desafios que terá que superar, um longo caminho a percorrer para consolidar as instituições da República, o processo democrático e realizar anseios do povo.
“É essa gigantesca tarefa que temos de enfrentar para cumprir os anseios do nosso povo e é a responsabilidade de todos os servidores públicos, mas particularmente nós enquanto dirigentes e titulares de órgãos da soberania “, salientou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Cortesia presidência da República



















