Crônica: A FALA DO SILÊNCIO

O texto sagrado, ao anunciar a presença de Cristo na terra, simplesmente, diz-nos, mais ou menos, o seguinte:

No manancial primeiro era o verbo, a Palavra sagrada. Esta não era uma melancia, ainda que deliciosa; nem uma maçã do Jardim do Édem. Não. E nada disso. E nada disso mesmo. Tudo com esmo, com o esmero ethos de criação. Ação transformacional.

O verbo fez-se carne. Veja bem, sr(a). Internauta. Verbo reflexivo. Quer dizer, sobremaneira, o seguinte: antes de tornar-se carne, era, é e será, simultaneamente, verbo (ação do sujeito) e carne (sujeito, a gente transformacional). Transcendental. Altíssimo. A Ele toda a honra e toda a glória, ainda que estejamos presos nas mãos de gente inglória.

Assim é a fala do sábio: o silêncio sapiencial.

A fala inaugural. O momento substancial, e não acidental.

O silêncio, caro(a) internauta era o princípio. Não o princípio do fim; porém o princípio da fala que era o silêncio. Esta fala fez do silêncio a força da inveja. Força esta que criou o ódio, símbolo da destruição; tornando-se a violência, resultado do ódio, também ele fruto da inveja, resultante da incompetência de não saber fazer, mas querer dirigir.

O exemplo está aí, aos olhos, de quem consegue ver; nos ouvidos de quem ainda não tem problemas de audição; na boca de quem não fala como charlatães, mas atua, faz acontecer coisas na vida; no nariz de quem não cheira os cús de Judas; e, finalmente, no tato de quem não assalta o erário público.

Boa Leitura, caros leitores de O Democrata!

Caboxangue, 11 de Janeiro de 2022.

Por: Jorge Otinta de Sá (OTHAS)

1 thought on “Crônica: A FALA DO SILÊNCIO

  1. O inveja semeia o ódio e o ódio transforma a voz no silêncio…A Paz fica minada num esconderijo invisível nos supostos algures!

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