LIGA DENUNCIA QUE FAMILIARES DOS DETIDOS NO CASO 1 DE FEVEREIRO NÃO TÊM ACESSO ÀS CELAS

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, denunciou que os familiares dos detidos no caso 1 de fevereiro não têm acesso às celas e tem lhes sido proibida a entrada no portão principal da Base Aérea, bem como são obrigados a entregar as refeições para os reclusos através da vedação  de arame farpado.  

O ativista fez essa denúncia à saída do Ministério Público (MP), onde reuniu-se esta quinta-feira, 17 de março de 2022, com o Procurador-Geral da República (PGR), Bacar Biai, para se inteirar da situação dos suspeitos detidos na sequência do ataque ao Palácio do Governo.

Augusto Mário da Silva qualificou essa atitude de “atentatória à dignidade humana”.

“Essa situação é atentatória à dignidade da pessoa humana. As refeições devem ser levadas diretamente para canal de acesso às instalações do estabelecimento prisional, não podem ser passadas por portas traseiras como se estivessem a praticar um ato clandestino”, criticou.

Perante estes fatos a Liga exigiu que se criem as mínimas condições para os suspeitos e que os direitos fundamentais de pessoa humana sejam respeitados.

O presidente da organização que defende os direitos humanos disse que a Liga saiu encorajada do Ministério Público, porque o Procurador-Geral da República mostrou-se preocupado em garantir a proteção dos direitos fundamentais dos detidos.

“Recebemos garantias do PGR que os direitos dos detidos serão respeitados e que há instruções para as forças de defesa e segurança absterem-se de atos processuais que são da competência exclusiva do Ministério Público”, disse Augusto da Silva, afirmando que as indicações foram dadas também aos magistrados para não receberem nenhum caso à margem da lei.

Por: Djamila da Silva

Foto: D. S

Author: O DEMOCRATA

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