A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou a deterioração da situação humanitária dos detidos na sequência do caso de 1 de Fevereiro de 2022, nas celas da segunda esquadra do ministério do Interior, em Bissau.
Em nota na sua página oficial no Facebook, a LGDH exige o encerramento imediato das celas da segunda esquadra e consequente transferência dos detidos para outros espaços com condições “humanamente aceitáveis”.
“Após ter denunciado na semana passada dois casos de doença grave no centro de detenção da Segunda Esquadra, dentre os quais um já foi internado no Hospital Nacional Simão Mendes. A situação voltou a agravar-se hoje com as noticias de evacuação de mais um dos detidos para o hospital Simão Mendes, maior estabelecimento hospitalar do país, em estado bastante preocupante” lê-se na nota, manifestando a sua profunda estranheza perante a “indiferença e a falta de sensibilidade” das autoridades judiciais face à degradação contínua das condições de detenção dos suspeitos com potenciais riscos de perdas de vidas humanas.
A organização exortou também a uma avaliação médica rigorosa e individual de cada um dos detidos com problemas sérios de saúde e consequente adoção de medidas legais e sanitárias, conducentes a salvaguarda da vida e dignidade daqueles detidos.
Por fim, a LGDH não tem dúvidas que, “a gritante e manifesto estado de insalubridade do centro de detenção da segunda esquadra de Bissau” traduz-se em atropelos às regras mínimas de tratamento de Presos das Nações Unidas, incorporadas na ordem jurídica guineense através da Lei nº 07/2011 de 27 de Abril.
Por: Tiago Seide
















