O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, afirmou esta quinta-feira, 26 de maio de 2022, que o seu país dará suporte ao desenvolvimento sustentável e estável da Guiné-Bissau, apoiando o governo a melhorar a vida do povo.
Guo Ce falava na cerimônia de entrega de 23 sacos de 50 quilogramas de arroz à escola Bengala Branca, que serão distribuídos às escolas Bengala Branca, Mariposa e Surdos e Mudos de Prábis, ambas escolas inclusivas.
A iniciativa pionieira é no âmbito do apoio do Programa Alimentar Mundial (PAM) às escolas do ensino básico, que desta vez recebeu apoio direto no valor de 11.000 dólares da Embaixada da China na Guiné-Bissau para a compra de arroz local.
Só neste mês de maio, o PAM já distribuiu 1.1 toneladas de arroz a 364 crianças de três escolas de ensino especial do país, com o objetivo de assegurar, tanto a sua alimentação como uma maior participação e retenção escolar.
Em declarações, Guo Ce disse que o governo chinês escolheu o PAM como entidade executora de apoio alimentar, por ser um dos parceiros do governo que trabalha com as cantinas escolares.
O diplomata chinês informou que a embaixada comprou no total 2.454 toneladas de alimentos, distribuídas através do PAM em forma de refeições nutritivas em cerca de 700 instituições de ensino em diferentes regiões da Guiné-Bissau, fazendo funcionar “verdadeiramente” o projeto do governo chinês, “desempenhando um papel positivo para ajudar as crianças guineenses a crescerem mais fortes e adquirirem melhor conhecimento”.
Para o Diretor Geral da Educação Inclusiva, Manuel Malam Jafono, tanto a China como o PAM, são parceiros tradicionais da Guiné-Bissau, em especial da educação nacional na vertente de melhoramento da nutrição das crianças nas escolas.
Segundo Jafono, os indicadores da resistência de não permanência dos alunos com deficiência nas escolas manifestam-se de diversas formas, por isso disse esperar que a iniciativa de oferecer arroz venha simplesmente acelerar o processo de permanência das crianças nas escolas.
Por sua vez, o representante do Programa Alimentar Mundial no país, João Manja, lembrou que na Guiné-Bissau, as cantinas escolares apoiadas pelo PAM são abastecidas, tanto do arroz doado pela China como de produtos locais (tubérculos, feijão e sal iodado) comprados aos pequenos agricultores, permitindo que as crianças tenham uma alimentação diversificada e contribui para o reforço da economia local.
O presidente da Federação das Associações das Pessoas com Deficiência, Lázaro Barbosa, criticou o preconceito muito elevado em relação à inclusão social das crianças portadoras de deficiência que acabam escondidas ou abandonadas nas comunidades. Barbosa manifestou a preocupação no concernente à falta de escolas inclusivas nas regiões.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A



















