O Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) criou um mecanismo de resposta à pandemia de Covid-19 estimado em 10 mil milhões de dólares norte-americanos para apoiar os países africanos. A decisão foi tomada na 57ª reunião anual do Conselho de Governadores do BAD, que decorre em Acra, capital do Gana, e que reuniu quatro chefes de Estado do continente e dois primeiros-ministros.
Para além do anfitrião, Presidente Nana Addo, estiveram presentes o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, da Tanzânia e Comores, como também os chefes do governo de Costa de Marfim e do Ruanda.
O presidente do BAD, Akinwumi Adesina, de nacionalidade nigeriana, disse que os dois anos (2020 e 2021) marcados por Covid-19 foram muito difíceis para o continente, por isso exortou os africanos a arregaçarem as mangas para enfrentar o desafio.
Afirmou que, devido à pandemia, a África perdeu mais de uma década de ganhos em termos de crescimento económico.
“A recuperação será longa e difícil para África. Temos agora de ajudar o continente a recuperar corajosamente e de forma inteligente, prestando maior atenção ao crescimento da qualidade: saúde, clima e ambiente… “, assegurou.
Sublinhou que, mesmo nestes tempos difíceis, o Conselho de Administração do Banco Africano de Desenvolvimento mobilizou esforços para apoiar a África.
“Estas ações demonstram a nossa ambição, empenho e responsabilidade inabaláveis de apoiar, estabilizar e fortalecer as economias africanas. Ao mesmo tempo que estabilizamos as nações, temos também de estabilizar o Banco – a nossa instituição”, sublinhou.
“A nossa experiência torna-nos cada vez melhores e mais fortes. Os nossos desafios, apesar de serem difíceis, tornaram-se ativos”, concluiu.
O Presidente do Gana, Nana Addo, visivelmente satisfeito com a organização e confiança que o BAD colocou no seu país disse estar ainda otimista.
“África precisa de um Banco Africano de Desenvolvimento forte e estável para permitir que as suas economias recuperem para proporcionar aos seus povos uma vida e um sustento melhores e mais saudáveis”, disse.
Salienta-se que cerca de 3.000 delegados oriundos de 81 países participam no evento que decorre em Acra, sob tema: “Favorecer a resiliência climática e fomentar uma transição energética justa para África”.
Por: Allen Yéro EMBALO
Enviado Especial
Foto: site BAD