Reunião da Assembleia Geral da ONU: SISSOCO LEVA PREOCUPAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU E SUB-REGIÃO SOBRE AS CRISES ALIMENTAR E ENERGÉTICA

O Presidente da República e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, disse esta segunda-feira, 19 de setembro de 2022, que leva para a 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque (Estados Unidos de América) a preocupação da Guiné-Bissau e da sub-região sobre as crises alimentares e energéticas, abalada fortemente pelo conflito entre a Rússia e Ucrânia.  

O debate de alto nível que se inicia na terça-feira (amanhã), na Assembleia Geral da ONU com líderes de todo o mundo, vai ser marcado pela crise de segurança causada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as crises alimentar, energética e climática, e tensões China-Estados Unidos.

O chefe de Estado explicou que a reunião da Assembleia Geral da ONU é um encontro da maior diplomacia no mundo, por isso a Guiné-Bissau leva uma mensagem sobre a preocupação da sub-região e que não se limita apenas a concentrar-se na situação da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“A Guiné-Bissau assume hoje uma função estratégica a nível da CEDEAO e da Presidência da Aliança dos Líderes Africanos para a Malária (ALMA), que é uma função que foi revistada pelas Nações Unidas em 2021 e que deveria ser em Catar, mas que não foi possível. Temos que sentar-nos com o Secretário-geral das Nações Unidas e a sua equipa para analisarmos essa situação que é um assunto muito importante e que abala países menos desenvolvido”, contou.

Informou que a margem da reunião da Assembleia Geral, convocou-se uma cimeira da CEDEAO para discutir a situação no Mali e no Burkina Faso, também vai participar da  7ª reunião anual do Conselho para a Eliminação da Malária na qualidade do Presidente da Aliança dos Líderes Africanos para a Malária. 

Questionado sobre a situação da pequena ilha de Djobel abalada pela inundação que até hoje não houve uma posição do governo, respondeu que o Estado deve pronunciar-se sobre o assunto, tendo lembrado que a Guiné-Bissau é um dos países de risco sobre as mudanças climáticas.

“Se houver um tsunami aqui, será muito complicado. O Governo está a tomar diligências para ver como colmatar essa situação com os nossos parceiros bilaterais e multilaterais”, assegurou.

Sobre as crises alimentares e energética, disse que é uma preocupação global que não é apenas do país. Revelou que tinha agendado um encontro para o dia 22 do mês em curso em Sochi com o Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, mas que acabou por ser adiado devido a sua agenda e que agora as partes estão em conversação para agendar outra data.

“Como sabemos todos, o Presidente Putin é um ator muito bem-posicionado na nossa sub-região, sobretudo no Mali e em outros países. É um ator que não podemos pôr de lado neste processo, por isso temos que abordá-lo, apresentando-lhe a posição da CEDEAO. Até fim do mês haverá uma data para uma deslocação à Rússia, também faremos uma visita à Ucrânia, para vermos como podemos contribuir para a edificação da paz no mundo”, referiu.

Relativamente à comemoração da data de independência, o Chefe de Estado disse que o país e os guineenses estão de parabéns pela comemoração dos 49 anos da independência, tendo avançado que este ano não haverá grandes comemorações com desfiles, mas prometeu mobilizar esforços para comemorar os 50 anos da independência no próximo ano. 

Por: Assana Sambú

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