Fórum sindical da CPLP: DOMINGOS DE CARVALHO ADMITE QUE AS ESCOLAS PÚBLICAS ESTÃO PARALISADAS

O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Domingos de Carvalho, admitiu que todas as escolas públicas do país estão paralisadas, tendo defendido a definição de uma política educativa nacional para assegurar a educação de qualidade para todos.

Domingos de Carvalho fez essa observação esta quarta-feira, 9 de novembro, na abertura do Fórum da Confederação Sindical dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE) e Internacional Educação (IE).

O Fórum de três dias (9,10,11) conta com as presenças dos representantes de Cabo Verde, de Portugal e de Angola e do secretário-executivo da CPLP, José Augusto Cardoso e visa   contribuir para a criação de uma sociedade isenta de exploração e opressão, lutando para a igualdade de oportunidades pela justiça e liberdade.

Na sua intervenção, o presidente do SINDEPROF frisou que é preciso criar uma nova dinâmica para poder apoiar o setor educativo do país, nomeadamente na área económica, na formação e capacitação dos professores e fortalecer os sindicatos.

“Temos problemas acumulados há muitos anos e dívidas não pagas”, afirmou e disse que muitos professores não conhecem o estatuto da carreira docente, nem a lei geral de trabalho e a lei de greve e instituto pessoal de administração.

“O sindicato não vai permitir que nenhum governante brinque com o setor educativo guineense ou prejudique os filhos dos camponeses para que os filhos dos governantes tenham acesso à educação de qualidade”, avisou, alertando que “o executivo deve começar a assumir as suas responsabilidades”.

O sindicalista disse que o SINAPROF já remeteu o despacho do primeiro-ministro aos seus parceiros, porque acredita que todos os professores penalizados com o despacho receberão os seus salários.

Por sua vez, o secretário-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), José Augusto Cardoso, defendeu que os países membros da comunidade têm de ser ambiciosos nos tempos que correm, por isso “o objetivo do encontro serve para transformar a educação guineense”.   

Discursando na abertura dos trabalhos, o diretor da Internacional Educação (IE), Jefferson Berriel Pessi, informou que um dos objetivos do encontro é estabelecer as bases de um programa de cooperação técnica e financeira, que possa ajudar o SINAPROF a ser um ator decisivo na decisão de políticas educativas inovadoras.

Precisou que a organização pretende avaliar como é que a educação evolui no país, as tendências políticas, económicas, sociais e tecnológicas influenciam o setor e o que ocorre na administração da educação, como também nas salas de aulas, para depois pensar que caminho para o futuro e que passos podem dar, porque “os tempos são muitos duros para o sistema educativo nos dias de hoje”.

Por: Noemi Nhanguan

Foto: N.N    

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