PRESIDENTE DA CNE ADMITE QUE 18 DE DEZEMBRO É INEXECUTÁVEL PARA REALIZAR ELEIÇÕES

O presidente interino da Comissão Nacional de Eleições (CNE), M’Pabi Kabi, admitiu esta quinta-feira, 17 de novembro de 2022, que, tecnicamente, depois do anúncio da data do início do recenseamento, vê-se claramente que “a data de 18 de dezembro marcada para a realização do escrutínio não é realizável”.

M´Pabi Kabi afirmou que  a  CNE, tecnicamente,  está preparada e tem recursos humanos e um orçamento elaborado, apenas está à  espera de fundos para cobrir o orçamento. 

O presidente da CNE falava à saída da audiência com Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, com quem analisou a proposta do Governo de adiar as legislativas

“A CNE concorda que é impossível realizar as eleições na data prevista, tendo em conta o período anunciado para o início do recenseamento eleitoral”, precisou, afirmando que cabe ao Presidente da República decidir  a marcação da nova data da ida às urnas na Guiné-Bissau.


“Deixamos uma proposta interna ao chefe de Estado para decidir a seu critério e espero que em tempo útil anunciará a nova data para a realização de eleições, vamos aguardar pela decisão do Presidente da República, porque é da sua exclusiva competência”, sublinhou.


Kabi assegurou que neste momento a preocupação é fazer o recenseamento eleitoral, por isso  não vale a pena criar situações de alarme sobre a  operação eleitoral propriamente dita, assegurando que  o dossiê de  reabilitação das comissões regionais de eleições está com o primeiro-ministro.


Por seu lado, o Diretor Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Gabriel Jibril Baldé, garantiu igualmente que o GTAPE está tecnicamente preparada para iniciar o recenseamento eleitoral, razão pela qual solicitou ao governo para avançar com o anúncio da data de 10 de dezembro.


Disse que o governo decidiu propor o adiamento do escrutínio porque houve consenso entre os partidos políticos para a data de 14 de maio de 2023.


“O recenseamento será de raiz para criar um clima de confiança entre todos os atores, termos uma base de dados consistente para evitar que, a cada eleição se faça um recenseamento de raiz. Em cada ciclo eleitoral fazemos um recenseamento de raiz. Os países que nos apoiam nesse processo, um dia estarão cansados e prova disso, o único apoio que recebemos até ao momento é do Timor-Leste e o resto do trabalho está a ser feito com os esforços internos do governo”, frisou.

Questionado sobre o início do processo de formação dos brigadistas, Balde disse que o GTAPE está a seguir o calendário eleitoral e que cada passo  será dado  no seu devido tempo.

Por: Redação 

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