CÂMARA MUNICIPAL NEGA TER EMITIDO PARECER “NEGATIVO” À OBRA DE MBATONHA

O presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB) negou que a instituição tenha emitido um parecer “negativo”, depois de ter aprovado a planta para a transformação de Mbatonha.

Fernando Mendes admitiu que os técnicos do conselho técnico da CMB apenas apresentaram um conjunto de recomendações, esclarecendo que “a única entidade de pode aprovar e reprovar é a Câmara”, afirmou.

“O conselho técnico apenas formulou recomendações, mas não as era suficientes para travar a aprovação do projeto. Bissau está numa dinâmica de desenvolvimento. Hoje, a drenagem da água é mais premente do que há vinte anos e o plano de requalificação da cidade velha tem presente essas preocupações”, indicou, exibindo a ata síntese da reunião do Conselho Técnico, a qual a imprensa não teve acesso.

O presidente da edilidade falava esta sexta-feira, 6 de janeiro de 2023, no encontro conjunto (Ambiente, Câmara Municipal de Bissau e Obras Públicas) com os órgãos nacionais e internacionais para tecer esclarecimentos sobre várias questões relacionadas à transformação do espaço e reagir aos protestos dos ambientalistas, que consideram a iniciativa das autoridades um “crime ambiental e descaso social”.

Revelou que o financiamento inicial da União europeia era de cerca de trezentos milhões de francos CFA, mas o montante aplicado foi de 151 milhões de francos CFA.  

Fernando Mendes afirmou ter visitado o parque com investidores turcos e que a primeira recomendação foi respeitar os aspetos ecológicos da zona, assegurando que todos os aspetos foram observados antes de se avançar para a construção.

“Hoje estamos a falar de um investimento de cerca de dois mil milhões de francos CFA. Avisamos a empresa executora da obra que todo o mobiliário urbano será reaproveitado para ser reimplantado noutro sítio para as crianças”, assinalou.

Considerou  a prática de culto religioso nas vias urbanas “uma vergonha nacional” e assegurou que o projeto em construção assegura mais de 50 por cento da zona verde e cinco por cento de implantação da área de culto.  

Por: Filomeno Sambú

Foto: FS  

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