Os estudantes da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD) paralisaram as aulas esta quinta-feira, 2 de março de 2023, por um período indeterminado até que seja resolvida a situação de contratação ou colocação de novos professores das cadeiras em falta, desde o início do ano letivo.
“Cansados de entrar duas ou três disciplinas por semana”, os estudantes da ENEFD realizaram uma vigília esta quarta-feira em frente ao Ministério da Educação Nacional para exigir o funcionamento pleno das aulas naquele estabelecimento de formação dos professores.
Em conferência de imprensa esta quinta-feira, 02 de março, o Presidente da Associação Académica dos Estudantes da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (AAEENEFD), Samuel Quemesse, denunciou o espancamento de três estudantes daquele estabelecimento de formação do professores por parte das Forças de Ordem durante a vígilia realizada no Ministério da educação.
Samuel Quemesse exigiu do executivo a contratação dos professores para colmatar as vagas existentes naquele estabelecimento.
Desde o início do ano letivo 2022/2023 na Escola Nacional de Educação Física e Desportos, as aulas não têm funcionado em plenitude, devido à falta de professores, em decorrência da decisão do governo que suspendeu a admissão e contratação de novos professores na Administração Pública.
“Fechamos as portas das salas de aulas com cadeados para chamar a atenção do ministério que tutela a área do ensino para resolver o problema o mais rápido possível. Os estudantes do terceiro ano só têm três professores que entram semanalmente. É preciso que as aulas funcionem em plenitude para que eles possam ter pelo menos 70% de matéria “ , afirmou Samuel Quemesse.
Por sua vez, o porta-voz da Associação Académica dos Estudantes da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, Amul Davi Quiak, lembrou que fizeram ontem a vigília em frente do Ministério da Educação para mostrar ao titular da pasta do Ensino Superior que não estão a ter aulas na sua plenitude e que isso vai refletir no final da formação.
Às vezes temos apenas uma aula depois continuamos “o passeio” na escola. Na realidade, quando um estudante recebe pouco conhecimento durante o percurso da sua formação, isso afeta o desempenho das suas funções na prática. Um professor deve ser muito bem preparado para poder passar conhecimento de forma adequada” disse, insistindo que, no ensino superior, o governo não pode ficar sem fazer a contração de professores porque os estudantes estão na iminência de perder o ano letivo se não houver diligências por parte do executivo.
“Se o governo não resolver essa situação, iremos continuar as nossas reivindicações até que os nossos direitos sejam respeitados. É preciso que as aulas funcionem na sua plenitude para não prejudicar não só os estudantes que estão a beira de sair, os do terceiro ano, mas também aqueles que estão no ano zero, 1º e 2º ano do curso”, avisou.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N



















