A Coordenadora do Conselho de veteranos e combatentes da liberdade da pátria, Teodora Inácio Gomes, exortou, esta quarta-feira, 08 de março de 2023, o governo a reconsiderar a sua medida e reconhecer as datas históricas retiradas dos feriados nacionais, nomeadamente, 23 de janeiro, 30 de janeiro, 8 de março e 23 de agosto.

O apelo foi lançado em conferência de imprensa pela União Democrática das Mulheres,UDEMU, uma organização feminina do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), realizada no âmbito da comemoração do dia Internacional das mulheres para honrar a memória dos que lutaram pelo país.

Para Teodora Inácio Gomes, o novo decreto que retirou as datas históricas dos feriados não deveria ter sido uma decisão do governo, mas sim da Assembleia Nacional Popular (ANP), entidade com competências para legislar.

A dirigente do PAIGC criticou o fato de as datas importantes que deveriam figurar na Lei votada pela ANP terem sido retiradas da história.

“Porque antes da Independência sabíamos que era preciso libertar a Guiné-Bissau, mas para libertá-la organizou-se uma revolução a 3 de agosto, que marcou os primeiros momentos da luta de libertação e a 23 de janeiro de 1963 deu-se início  a luta armada”, indicou, assinalando que 8 de março é comemorado internacionalmente por todos os países revolucionários, razão pela qual  deve  ser assinalado como solidariedade a outras mulheres que ainda estão a lutar para a sua emancipação.

Por sua vez, Dan Yala, uma das vice-presidente do PAIGC afirmou que as mulheres vão continuar a lutar para que a Lei de Paridade seja uma realidade na Guiné-Bissau.

Em relação à violência de mulheres que se continua a verificar na sociedade guineense, Dan Yala disse que existem Leis, mas o grande problema tem haver com a implementação dessas leis.

Por: Carolina Djemé

Fotos: Carlitos Costa