INCANHA INTUMBO CONSIDERA POSITIVOS OS DOIS MANDATOS DA GUINÉ-BISSAU NO IILP

O ex-diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), Incanha Intumbo, considerou  positivos os dois mandatos da Guiné-Bissau à testa do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, porque “o compromisso era implementar a visão do país e trabalhar a visibilidade daquela instituição a nível internacional”.

Incanha Intumbo fez essa declaração na quarta-feira, 29 de março de 2023, à saída da audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a quem foi transmitir  os passos dados na implementação da visão da Guiné-Bissau, durante os dois mandatos em que o país esteve à frente da Direção Executiva do IILP.

Intumbo disse que no fim do mandato, algumas instituições de estados de tradição linguística diferente procuraram aquela instituição para perceberem como trabalham os projetos de promoção, difusão, e internacionalização da língua portuguesa, eventualmente no sentido de se inspirarem.

Lamentou que algumas pessoas da comunidade académica e algumas populações dos estados membros da CPLP ainda  não conheçam o IILP, ” de maneira que o compromisso era conseguir  fazer as pessoas conhecerem a instituição”, frisando que por esse motivo o IILP realizou algumas ações em Cabo Verde, na Guiné-Bissau, em Angola, em São Tomé, “Infelizmente  não  chegamos a Timor Leste”, porém Timor Leste esteve sempre presente nos eventos promovidos pela Direção Executiva do IILP.

“Neste momento, o IILP desenvolve, em colaboração com o Camões Instituto de Cooperação e da Língua, um projeto e com uma equipa da Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique, a elaboração de um dicionário da língua portuguesa, sendo o primeiro dicionário de língua portuguesa a ser elaborado fora de Portugal e do Brasil, o que vai dar muita visibilidade ao Instituto Internacional da Língua Portuguesa. Na Guiné-Bissau, tivemos uma ação do Portal Professor Português Língua Estrangeira/Língua não materna que visou capacitar os professores de língua portuguesa para a elaboração de materiais didáticos para o ensino da língua portuguesa com base no contexto guineense (como também com base no contexto de qualquer estado que manifeste interesse em receber essa ação do IILP, e qualquer professor ou interessados em geral poderão usar aquele material para apreender o português autonomamente, como também usá-lo na sala de aula”, sublinhou.

Incanha Intumbo assegurou que o que lhe marcou durante os dois mandatos foi a gestão multilateral que obriga a concertação permanente, porque na implementação das decisões do Conselho Científico e do plano de atividades,  por vezes é desejável voltar a ouvir as Comissões Nacionais ou outros órgãos da CPLP, concertar com elas, para dar mais força às decisões da direção Executiva, não obstante as ações a serem implementadas estarem inscritas nos Planos de atividade e orçamentadas, portanto “não foi nada fácil”.

Por: Aguinaldo Ampa

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