Os nove estudantes guineenses que estavam no Sudão, país africano a braços com o início de uma insurreição militar, chegaram ao país na tarde desta quarta-feira, 3 de maio de 2023, graças à intervenção do governo e do Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo.
Em declaração aos jornalistas, a chegada à Guiné-Bissau, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, o porta-voz dos estudantes Malam Indjai, disse que voltaram ao país graças ao apoio do governo e da Presidência da República.
“Nós conseguimos sair do Sudão graças ao apoio do nosso governo, em particular do Presidente da República. O embaixador Dionísio Seide para a Arábia Saudita e Etiópia também ajudou bastante no nosso regresso”, disse.
Segundo Malam Indjai, o grupo não recebeu nenhuma ameaça das autoridades sudanesas nem de nenhum cidadão e que todos estavam seguros na residência universitária a aguardar pelas diligências das autoridades nacionais, apenas uma das meninas se encontrava na zona do perigo.
“Graças às diligências feitas pela universidade, ela foi retirada da zona de perigo com vida e ilesa. Estávamos seguros na residência universitária”, precisou.
Nega que tenham sido vítimas de maus tratos e considerou o povo sudanês um povo humilde e acolhedor
“Não sofremos nenhuma perseguição nem ameaças, porque o povo sudanês é um povo acolhedor e humilde que respeita os estrangeiros. Saímos do Sudão sem problemas”, assegurou.
Malam Indjai disse estar preocupado com o futuro dos nove estudantes, que foram obrigados a interromper os estudos e voltar para o país.
“Reunimo-nos em Dakar e analisamos a situação do conflito que abalou o Sudão. Vamos transmitir às autoridades nacionais essa preocupação. Também agendamos um encontro com o Presidente Sissoco e com certeza, o tema central da nossa conversa será o nosso futuro académico, sobretudo dos que estavam prestes a terminar os cursos”, assinalou.
Em representação da Ministra dos Negócios Estrangeiros, a secretária de Estado da comunidades disse que o momento é de alegria, por o país ter recebido os estudantes de volta, graça à intervenção rápida do governo e do Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo.
“O Estado vai fazer de tudo para garantir que os estudantes possam dar continuidade aos seus estudos, à semelhança daquilo que tem feito desde o início do conflito em Sudão. Tinham apoio das autoridades e quero acreditar que continuarão a tê-lo, porque os apoios não lhes faltavam. Sempre foram atendidos”, assegurou, lembrando que o governo conseguiu logo nos primeiros momentos intervir, graças ao Presidente Sissoco que solicitou o apoio do seu homólogo do Senegal Macky Sall para a retirada dos estudantes guineenses do Sudão.
Dados do ministério dos negócios estrangeiros indicam que os nove estudantes que se encontravam no Sudão estavam a estudar por conta própria em diferentes áreas, nomeadamente direto, economia, trilogia islâmica, ciência política, entre outras áreas.
Por: Francisco Gomes
Foto: FG
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