O líder do Partido Nossa Pátria (PNP), Mamadu Traualé, disse que o seu partido elegeu os setores da educação e da saúde como os mais prioritários para tirar a Guiné-Bissau do buraco em que se encontra há vários anos. Acrescentou que o PNP vai dar uma atenção especial à questão da segurança, porque nos últimos anos o país tem sido confrontado com a situação do crime organizado que prejudica a boa imagem da Guiné-Bissau, razão pela qual darão uma atenção especial à área da segurança no sentido de fazer face ao crime organizado.
“Assistimos a muitas paralisações no ensino guineense, uma situação que está a prejudicar as nossas crianças, fazendo com que as escolas públicas e o ensino guineense percam a credibilidade. É preciso reestruturar o setor do ensino e criar um programa capaz de elevar o nível do ensino e torná-lo muito competitivo ao lado dos países da sub-região. Elegemos também o setor da saúde que está abalado pelas sucessivas paralisações, e necessita também de uma reestruturação profunda, porque o nosso sistema do ensino está muito mal” assegurou o presidente.
O Partido Nossa Pátria vai concorrer em 15 círculos eleitorais 1, 2, 3,4, 9, 12, 13, 15, 16, 17, 20, 21, 25, 28 e 29 e o próprio cabeça de lista candidato ao cargo do chefe de governo é candidato no círculo eleitoral 01 (Catió/Komo), região de Tombali, no sul do país.
Relativamente ao setor das pescas, disse que os guineenses não sabem se o país tem o pescado ou não, “porque é preciso dar muitas voltas no mercado hoje para comprar peixe”.
“Hoje consumimos peixe que tivemos a sorte de conseguir, porque não existe. Embora se diga que temos mais peixe em relação ao Senegal, os guineenses recorrem ao Senegal para comprar o pescado e vir revender à população. Pensamos que falta-nos racionalidade neste setor e uma política que defenda os interesses dos guineenses e não de um grupo de pessoas” criticou o político, acrescentando que, se o PNP for escolhido para dirigir o país, vão organizar este setor com políticas que garantam o abastecimento do mercado nacional com o pescado de boa qualidade para a alimentação dos guineenses.
Traualé afirmou que o PNP apareceu como uma solução para os problemas do país, por isso assegurou que o partido está disponível para associar-se com outras formações políticas que partilham a mesma ideologia, que segundo a sua explicação, “é ter pena do povo e defender os interesses do povo”.
Questionado sobre a falta de comercialização da castanha de cajú e a situação da fome no interior do país, respondeu que a campanha está péssima e responsabilizou o executivo pela situação da fome no país.
“Pediu aos agricultores para colocarem os sacos da castanha à frente dos líderes dos partidos que estão no governo, mostrando-lhes que não merecem mais a sua confianças, porque não conseguem resolver os seus problemas. Este governo está a falhar em diferentes setores, sobretudo na questão da castanha de caju, é preciso chamar as pessoas para sentar à mesa e encontrar soluções concernentes aos problemas reais que a Guiné-Bissau enfrenta neste momento”, exortou.
O líder do PNP disse que o partido está aberto para estabelecer um acordo pós-eleitoral com os partidos que defendem a mesma ideologia, mas salientou que tudo vai depender dos resultados eleitorais.
Traualé assegurou que vai levar aos eleitores uma mensagem de paz e de verdade sobre a situação social e económica que a Guiné-Bissau atravessa, contudo reconheceu que é preciso trabalhar na consolidação da paz.
Por: Assana Sambú



















