Sindicalismo: DIREÇÃO DE JÚLIO MENDONÇA EXIGE EXPULSÃO DO “GRUPO DE ASSALTANTES” QUE OCUPOU A UNTG

A direção de Júlio António Mendonça exigiu ao governo esta segunda-feira, 22 de maio de 2023, através do ministério do Interior e da Ordem Pública, a expulsão imediata do grupo de pessoas que invadiu a sede nacional da União Nacional dos Trabalhadores Guineense – Central Sindical (UNTG-CS) e que não representa nenhuma organização sindical de base. 

A exigência foi tornada pública pelo porta-voz desta direção, Malam Homi Indjai, durante uma conferência de imprensa realizada no escritório particular do Secretário-geral, Júlio António Mendonça, na qual confirmou o início da greve geral de três dias, 22 a 24 do mês em curso, decretada pela direção a nível da função pública. 

Segundo o porta-voz, uma das razões da greve tem a ver com a “invasão” da sua sede e o impedimento de acesso às instalações da instituição à direção de Júlio Mendonça. 

Malam Homi Indjai acusou o governo,  particularmente o ministério do Interior, de serem os responsáveis pela invasão da sua sede no passado dia 05 do mês em curso.

“O ministério do Interior, por meio das forças de segurança, invadiu a nossa sede naquele mesmo dia e impediu a direção legítima de aceder às instalações. Arrombaram as portas e introduziram os militantes dos partidos políticos para exercerem as funções de secretário-geral da UNTG”, revelou. 

O sindicalista exigiu ainda do ministério do Interior a reparação imediata das portas e fechaduras estragadas, tendo apelado o governo de iniciativa presidencial no sentido de parar de intervir nos assuntos internos daquela organização sindical, porque “a UNTG é uma organização dos trabalhadores que tem suas normas e estatutos que o regem internamente”.

“Não podemos estar num país onde o próprio governo violenta as organização dos trabalhadores” disse, apelando aos trabalhadores para aderirem em massa a paralisação, porque está em causa a liberdade de sindicalismo na Guiné-Bissau. 

Lembrou que a UNTG –  CS está totalmente desligada tanto do partido que o criou, assim como de todas as formações políticas “deixando assim de ser um instrumento dos partidos para servir os interesse dos governantes”.   

O Porta-voz responsabilizou, neste particular, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, enquanto o primeiro magistrado da Nação bem como o próprio governo por falta de reação contra os atos da violência na sede da maior central sindical do país, como também a violação de decisões do tribunal. 

 Por: Carolina Djemé

Author: O DEMOCRATA

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