PR Sissoco: “FORÇAS DE SEGURANÇA TIVERAM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO CASO 01 DE FEVEREIRO”

O Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, criticou esta quarta-feira, 24 de maio de 2023, que elementos “inocentes” do ministério do Interior tiveram maior participação no caso 01 de fevereiro de 2022 no Palácio do Governo.

“A maioria era elementos da escolta de antigos ministros e primeiros-ministros, sem noção de que era um golpe de estado. Alguns morreram, outros estão na prisão”, precisou.   

Umaro Sissoco Embaló discursava nas instalações do ministério do Interior, depois de ter visitado o Comando da Guarda Nacional e da Polícia da Ordem Pública, tendo lembrado que equipou o ministério do Interior com meios necessários para que as forças de ordem pública possam fazer a manutenção da ordem e proteger a população. 

“Pela primeira vez, o ministério do interior e da Ordem Pública dispõe de viaturas e canhões de água, gás lacrimogénio, fardamento, entre outros materiais, para usar quando for necessário, não contra os cidadãos”, enfatizou e anunciou que depois das eleições de 04 de junho, o governo que sair das eleições irá resolver a situação dos agentes auxiliares e os que foram promovidos sem salário, portanto “não haverá nenhum recrutamento enquanto essa situação não for ultrapassada”.

“Todos os fardados do ministério do interior e da defesa têm como partido político a Guiné-Bissau, de maneira que devem estar distantes dos políticos, sobretudo neste momento em que se avizinham as eleições legislativas. Enquanto cidadãos, têm o direito de votar e voltar para os quartéis. Todos os conflitos que a Guiné-Bissau viveu foram criados por políticos e os homens do uniforme militar é que arcaram com as consequências”, sublinhou.

Por seu lado, o vice primeiro-ministro e ministro do Interior e da Ordem Pública, Soares Sambú, garantiu que o ministério tem a tarefa de garantir a segurança interna, como também assegurar todo processo eleitoral para que possa decorrer num clima de paz e sossego, permitindo que cada cidadão guineense, de forma livre e soberanamente, expresse o sentimento de voto no dia 04 de junho.

“Neste momento, começamos a desenvolver um conjunto de ações junto dos principais atores, depois da fixação das listas das formações políticas e coligações que devem concorrer às legislativas. Criamos um comando conjunto operacional que funciona sob direção do Comissário Geral da Ordem Pública e da Guarda Nacional. Quero informar ao chefe de Estado que essa estrutura foi replicada a nível de todas as regiões para assegurar aos cidadãos, como também ajudantes de campo mobilizados para garantir segurança a todos os candidatos dos partidos políticos”, assegurou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche

Author: O DEMOCRATA

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