CNE EXORTA SOCIEDADE CIVIL A SER IMPARCIAL NA RECOLHA DOS DADOS ELEITORAIS

O representante da Comissão Nacional das Eleições, Idrissa Djaló, exortou este sábado, 3 de junho de 2023, a Cédula de Monitorização das Eleições da Sociedade Civil (CMESC) a redobrar os esforços e cerrar fileiras, num quadro de pleno exercício de valores de integridade eleitorais, assentes na isenção, imparcialidade, legalidade e transparência ‘em nome dos superiores desígnios do povo”.

O secretário executivo adjunto da CNE fez essa chamada de atenção na cerimónia da inauguração da sala de operações de monitorização eleitoral, para o acompanhamento do processo eleitoral de 4 de junho de 2023, implementado pela Célula de Monitoramento Eleitoral, em parceria com o PNUD, Yanda Guiné Djunto, Nações Unidas e financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a consolidação da paz e pela União Europeia.

Disse que a CNE está consciente das suas atribuições legais, por isso reconheceu o relevante papel da CME  na  monitorização e no acompanhamento do processo, que, aos seus olhos, é constituído num corpo sólido e numa dinâmica de recolha e de partilha de informações importantes para “tornar as eleições livres, justas, transparentes, credíveis e equitativas”.

“A CMESC tem dado contribuições importantes, sobretudo no que diz respeito aos alertas precoces e representa valor acrescentado para o sucesso das eleições”, sublinhou e assegurou que essa relação de complementaridade tornar-se-á nas premissas inquebráveis para que as eleições tenham lugar num ambiente de cordialidade, serenidade e de paz social.

No seu discurso, a  representante da Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil (CMESC), Denise Cabral, lembrou que a Célula  foi criada em 2019 para um acompanhamento mais estruturado, com a finalidade de contribuir para influenciar a existência da justiça, transparência e liberdade das eleições.

“Este trabalho, em sinergia, permitiu evitar a duplicação de resultados da monitorização eleitoral, reduzir os custos de financiamento, maximizar esforços e resultados e propiciou um ambiente de partilha de estratégia, metodologia e aprendizado entre as Organizações da  Sociedade Civil”, disse.

A  CMESC anunciou que, no escrutínio de 4 de junto, irá alargar a sua estrutura operacional, tendo como um dos desafios assegurar um clima de entendimento, garantir a sinceridade de voto, melhorar a confiança dos atores políticos, em especial dos candidatos, mobilizar a participação massiva dos eleitores, aceitação dos resultados das eleições por todos os atores políticos.

“O objetivo da CMESC é promover a transparência, a credibilidade das eleições e da governação democrática na Guiné-Bissau, bem como reduzir os conflitos antes, durante e depois as eleições”, indicou.

Exortou as autoridades e parceiros internacionais a trabalharem em sinergia pela paz, estabilidade e   um desenvolvimento sustentável.

A CMESC inclui oito iniciativas da sociedade civil e conta com duzentos monitores responsáveis pela produção de dados eleitorais, destacados em todo o território nacional, durante três dias, dia da reflexão, votação e após a votação.

Por: Epifânia Mendonça

Foto: EM

Author: O DEMOCRATA

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