Eleições legislativas: GUINEENSES CHAMADOS ÀS URNAS PARA ESCOLHER NOVO GOVERNO E REPRESENTANTES NO PARLAMENTO

Cerca de novecentos mil eleitores guineenses, a nível nacional e na diáspora (África e Europa), são chamados este domingo, 04 de junho de 2023, para escolherem o novo governo que assumirá os destinos do país nos próximos quatro anos e 102 representantes do povo na Assembleia Nacional Popular (ANP) para a décima primeira legislatura.

As urnas abriram às 07:00 para a votação um pouco por todo o país e vão encerrar às 17:00. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) mobilizou três mil e quinhentos e vinte quatro (3.524) mesas de voto a nível de todo o território nacional e da diáspora.

A diáspora África conta com 55 mesas e a Europa dispõe de 57 assembleias de voto.

No total foram recenseadas para estas eleições legislativas 857.802 em todo o território nacional, enquanto na diáspora foram recenseadas 35.816 eleitores, totalizando 893.618 eleitores. 

Elementos das forças de defesa e segurança votaram entre quinta-feira e sexta-feira (1 e 2 de junho) a nível da capital Bissau nas instalações da Comissão Regional de Eleições em Bissau, e nas instalações das CRE’s nas regiões. A votação antecipada é admitida a cidadãos em missão de serviço, estudantes, doentes e outras pessoas que pretendam sair do país antes do dia da votação.

Nestas eleições legislativas participam vinte partidos políticos e duas coligações eleitorais, designadamente: O MADEM-G 15, a Coligação Plataforma Aliança Inclusiva – Terra Ranca, o PRS, a APU-PDGB, o PTG, a Coligação GUINÉ NOBU, o PAPES, a RGB, o COLIDE – GB, o PRID, o PUSD, a FREPASNA, APR, MSD, PUN, PALDG, PND, CNA, PNP, PMP, PL-GB e CD.

Segundo a CNE, acompanham estas eleições mais de 200 observadores internacionais.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) conta com a maior representação, 114 elementos, dos quais 13 de longa duração e 101 de curta duração.

A Missão de Observação Eleitoral da CEDEAO é chefiada pelo antigo Chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que está a frente de uma delegação constituída por altos responsáveis daquela organização sub-regional que se deslocou a Bissau para seguir o processo eleitoral e do representante residente da CEDEAO no país, Prof. Hamidou Boly, para acompanhar de perto a votação em diferentes bairros de Bissau.  

A União Africana tem a segunda maior representação com 41 elementos e está a ser dirigida pelo ex-chefe de Estado de Moçambique, Joaquim Chissano.

A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é a terceira com maior número de elementos, 27 pessoas, seguida da organização “G7+” que conta com 7 observadores e a ROSAI com 6.

A Rússia enviou 3 observadores, a Venezuela 2, os Estados Unidos de América indicaram uma pessoa da sua representação para acompanhar o processo eleitoral e a União Europeia indigitou 2 peritos para apoiar a Comissão Nacional de Eleições.

As Organizações da Sociedade Civil guineense que constituem a Célula de Monitorização de Eleições colocarem a nível nacional duzentos (200) monitores para a fiscalizar o escrutínio deste domingo. 

Recorda-se que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento em 16 de maio de 2022 e marcou inicialmente as eleições para 18 de dezembro desse ano, que acabaram por ser remarcadas para 04 de junho de 2023. 

O PAIGC ganhou as legislativas de 2019, com 47 deputados. Seguido do Madem-G15 com 27 assentos, do PRS 21 deputados e na quarta posição ficou a APU-PDGB com cinco deputados. Enquanto o Partido da Nova Democracia (PND) e a UM obtiveram um deputado cada.

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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