O presidente do sindicato de base dos trabalhadores do ministério da Energia e Indústria denunciou que há retaliação e discriminação dos funcionários do ministério, porque “alguns têm acesso a crédito, mas outros nem tanto e nem sequer são atendidos quando enfrentam problemas”.
Daniel José António Lopes fez essa denúncia esta terça-feira, 04 de julho de 2023, tendo afirmado que o sindicato nunca ficará de braços cruzados quando os direitos dos trabalhadores são violados.
Revelou que os membros do gabinete do ministro da Energia e Indústria têm um subsídio de três milhões e trezentos francos CFA, mas os funcionários não beneficiam deste subsídio.
“Porque é que os funcionários não beneficiam deste subsídio? É difícil acreditar que não existam as condições para pagar subsídios num momento em que a taxa de relevância subiu de 1 para 10 francos CFA”, criticou.
Chamou a atenção aos futuros sucessores e dirigentes que vão ocupar o ministério depois da formação do novo governo que o sindicato estará atento e vai acompanhar todo o rendimento mensal do ministério para que todos os funcionários gozem do mesmo direito.
O sindicalista denunciou que foi feita uma requisição de dois milhões e duzentos e noventa e oito mil francos CFA de combustível, mas ninguém sabe quem beneficia do combustível porque “não há critérios nem o controlo da situação financeira do ministério”.
Denunciou igualmente que no período de campanha eleitoral, foram distribuídos milhares e milhares de litros de combustíveis não para resolver os problemas dos funcionários, não de toda a instituição, mas sim para satisfazer as necessidades de um grupo de três pessoas no ministério da Energia e Indústria.
SINDICATO EXIGE TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DA COISA PÚBLICA
O Sindicato de base do ministério da Energia e Indústria exigiu do patronato a transparência na gestão da coisa pública e o pagamento de três milhões aos técnicos, dois meses de salários em atraso aos contratados, a criação de condições de trabalho e a resolução da situação do espaço de Bôr.
O sindicalista realçou o papel interventivo que os sindicatos têm tido na busca de soluções para os problemas laborais existentes, mas o patronato nunca mostrou vontade de negociar com os trabalhadores para encontrar soluções aos problemas que têm criado constrangimentos.
Daniel José António Lopes afirmou que a situação que se vive no ministério não oferece um ambiente favorável, razão pela o sindicato tem estado de olhos postos em tudo e a acompanhar as operações financeiras que estão a ser executadas ou que já foram executadas, sobretudo de abril a junho, período da campanha eleitoral.
Disse estar preocupado com a atual situação do ministério, tendo questionado se a direção da energia terá capacidade de fazer face aos desafios do futuro.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD



















