O porta-voz do governo liderado por Geraldo Martins, Francisco Muniro Conté, afirmou esta sexta-feira, 01 de dezembro de 2023, que qualquer decisão que advenha dos tribunais em relação às pessoas implicadas ou não, desde que se prove que cometeram algum crime, o governo da Guiné-Bissau e a Coligação PAI – Terra Ranka vai respeitar essa decisão.
Muniro Conte falava em entrevista à RTP África em Bissau, na qual afirmou que “de acordo com as leis do país, está determinado que, quando uma decisão vem de uma instância judicial, sobretudo de um tribunal superior, aquela medida tem uma força obrigatória geral”.
A reação do governante vem na sequência do incidente registado no dia 30 de novembro, em que um grupo de elementos das forças da Guarda Nacional (GN) invadiu na noite de quinta-feira, o serviço de Piquete da Polícia Judiciária, retirando das celas o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, detidos sob ordens do Ministério Público. Horas depois, forças de militares entraram em confronto de tiros com a GN e detiveram os responsáveis por esta operação, e reconduziram os detidos civis nas celas da Polícia Judiciária.
“Queremos que um Presidente escolhido nas urnas termine o seu mandato de cinco anos, e da mesmo forma que queremos que o governo que o povo sufragou nas urnas, que tem 72 deputados no Parlamento, termine o seu mandato”, frisou.
O governante informou que a situação está mais tranquila.
“Nós estamos interessados pelo restabelecimento da ordem. Podemos ter as nossas opiniões em relação a uma situação, mas sempre defendemos o primado da lei que passa pela ordem e respeito pelo povo que expressou a sua vontade nas urnas”, realçou.
Por: Aguinaldo Ampa
