A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou na sexta-feira, 01 de dezembro de 2023, a violência que eclodiu em Bissau e todas as tentativas de perturbar a ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau, como também pede a perseguição dos atores do incidente.

A posição daquela organização sub-regional consta docomunicado publicado ontem (sexta-feira) pela Comissão a partir da sua sede em Abuja, capital da Nigéria. A CEDEAO tem uma missão militar de manutenção da paz na Guiné-Bissau que integra mais de 600 homens desde maio de 2022, depois da tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro daquele mesmo ano.

Um grupo de elementos das forças da Guarda Nacional invadiu, na noite de quinta-feira, o serviço de Piquete da Polícia Judiciária, situado à frente do mercado de Bandim retirou das celas o ministro das Finanças, Suleimane Seidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, detidos sob as ordens do Ministério Público, depois de terem sido ouvidos para esclarecer o pagamento de seis bilhões de francos CFA à 11 empresas.

Na sequência da libertação do ministro e do Secretário de Estado da prisão por elementos da Brigada de Intervenção Rápida da Guarda Nacional, registou-se um confronto entre elementos das forças especiais do exército e das forças do BIR. 

“A CEDEAO condena veementemente a violência e todas as tentativas de perturbar a ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau”, lê-se no comunicado a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso.

A CEDEAO apela ainda, no seu comunicado, à perseguição e prisão dos autores do incidente, de acordo com a lei, expressando a sua total solidariedade com o povo e a autoridade constitucional da Guiné-Bissau.

Por: Assana Sambú