Os responsáveis das duas Dioceses da Igreja Católica (Bissau e Bafatá) convidaram os guineenses a continuarem a rezar pela paz na Guiné-Bissau, neste tempo de esperança em que se espera o nascimento de Jesus Cristo e se celebra a Festa do Natal.
O convite foi lançado através de uma mensagem da Igreja católica da Guiné-Bissau dirigida a todos os cristãos, homens e mulheres de boa vontade, lida pelo Padre Paulo de Pina Araújo em conferência de imprensa realizada na Cúria Diocesana de Bissau.
“Estamos na véspera da festa do Natal. Festa dos Cristãos e de todos os homens e mulheres de boa vontade. Festa de amor e de fraternidade mundial. Festa de ternura de uma criança que veio para que todos os homens tenham a paz, que era todo-poderoso na sua essência e natureza divina, mas que se dignou humilhar-se, baixar-se sem prepotência, para que nós, servos, possamos viver na alegria de Deus”, pode ler-se na mensagem.
A Igreja Católica enfatizou que a Guiné-Bissau “não quer ficar fora dessa fraternidade universal de paz “, bem como os guineenses “não querem continuar a andar em caminhos de divisão e de privilégios de alguns “.
“As crianças guineenses têm o direito de receber um país que lhes dê a possibilidade de um futuro melhor”, adiantou .
Na mensagem dirigida não só aos fiéis católicos, mas também à toda sociedade em geral, os pastores Comunidade guineense da Igreja Católica Apostólica Romana convidaram todos os cidadãos a tomarem alguma atitude como rezar pela paz, o pedido do dom da paz como uma das maiores preocupações, aceitar e viver a verdade segundo a vontade de Deus, não serem violentos nas palavras e nos atos e viver o valor da solidariedade.
As duas Dioceses exortaram os guineenses e homens de boa vontade a não perderem a esperança neste tempo especial de advento em que se espera o nascimento do menino Jesus, a serem testemunhas da esperança para outros irmãos em que muitos estão desesperados com a situação da instabilidade política no país que “terá as suas consequências económicas e sociais bem evidentes, aliás que já estão a ser sentidas”.
Na mesma mensagem, convidaram os guineenses a seguirem o exemplo de Jesus Cristo de não pautarem pela violência, mesmo nos momentos de situações muito difíceis.
“É por isso que continuamos a esperar a paz e exortamos todos a continuarem a esperar aqueles tempos de paz que Deus nos prometeu. Nunca iremos desistir de esperar a paz, o dom da paz, que é o dom de Deus para cada um de nós, sem distinção de religião ou de etnia”, disse a mensagem.
Em relação ao valor da solidariedade, apelaram aos guineenses no sentido de serem solidários e ajudarem os outros que mais precisam de ajuda, porque “todos podem estar a passar por momentos difíceis do ponto de vista económico, mas isso não impede de ajudar os outros”.
“Muitos guineenses estão com graves problemas económicas e que poderão ser agravados por causa dos últimos acontecimentos políticos no país. Há famílias que não têm de comer”, lamentou a Igreja Católica.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
