ANAPROMED EXIGE DO ESTADO O RESPEITO AOS AUXILIARES DOS SERVIÇOS GERAIS

O presidente da Associação Nacional e Proteção dos Trabalhadores Domésticos (ANAPROMED), Sene Bacai Cassamá, exigiu que o Estado da Guiné-Bissau respeite os auxiliares de serviços gerais, tendo em conta o trabalho que essa classe de trabalhadores desempenha nas primeiras horas do expediente.

A exigência do presidente da ANAPROMED foi tornada pública esta terça-feira, 09 de janeiro de 2024, à saída de um encontro com o novo ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, com quem disse ter analisado e partilhado as preocupações dos trabalhadores domésticos, sobretudo dos que trabalham nas escolas públicas.

Sene Bacai Cassamá denunciou que os direitos dos auxiliares dos serviços gerais que trabalham nas escolas públicas são violados sistematicamente   e não são pagos os seus salários regularmente.

O ativista informou das diligências iniciadas esta terça-feira no ministério da educação, que estas iniciativas estender-se-ão às outras instituições que estão a violar os direitos dos seus associados, através de uma operação denominada “fomi i paga divida”.

O presidente da ANAPROMED denunciou que algumas escolas pagam anualmente 8000 francos CFA aos auxiliares de serviços e no ano passado alguns trabalhadores domésticos passaram a festa sem dinheiro.

Sene Bacai Cassamá informou que o novo ministro da educação comprometeu-se em encontrar soluções junto do ministro das finanças para liquidar todas as dívidas.     

Bacai Cassamá apelou às autoridades a assumirem as suas responsabilidades e levar a sério a questão da categoria do pessoal auxiliar de serviços gerais, porque “é um grupo vulnerável”.

“Para além do processo de dívidas, informaram-nos que outro processo foi iniciado pelo anterior governo sobre o levantamento em todas as escolas públicas para produzir um documento em que o ministério da educação, das finanças e o primeiro-ministro se engajarão e assumirão em pagar as dividas aos auxiliares de serviços gerais”, afirmou.

Bacai Cassamá informou que o ministro da educação assumiu e garantiu dar continuidade ao processo, mas também assumiu criar as condições para acabar com a história “do pessoal menor”, bem como mudar o nome do pessoal menor e atribuir a essa classe outro estatuto que lhes dará mais credibilidade.

Outra questão levantada pelo presidente de ANAPROMED tem a ver com a dívida de 500 milhões de francos CFA contraída pela empresa Jomav e anunciou que na sexta-feira os associados vão à casa do antigo Presidente da República, José Mário Vaz, para exigir o pagamento dessa dívida.

“Será o responsável número um de tudo o que acontecer aos associados da ANAPROMED na sexta-feira, na sua residência”, disse.

Por: Carolina Djemé

Fotos: CD

Author: O DEMOCRATA

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