Caso seis bilhões: ADIADO O JULGAMENTO DE EX-MINISTRO DAS FINANÇAS ACUSADO DE CORRUPÇÃO 

O julgamento do ex-ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide e o ex-secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, acusados de corrupção que devia iniciar esta segunda-feira, 11 de março de 2024, no Tribunal de Relação foi adiado devido a um “incidente inconstitucional” alegado pelos advogados dos antigos governantes.

Ainda de acordo com as informações apuradas junto de um funcionário do  Tribunal de Relação, que não quis se identificar, os advogados dos suspeitos entraram com um processo denominado “incidente de inconstitucionalidade”, razão pelo qual o julgamento foi adiado para uma data a indicar. 

Os advogados alegaram que o Gabinete de Luta Contra a Corrupção e Delitos Económicos, que iniciou o processo de acusação terá praticado alguns “atos urgentes” antes de remeter o processo ao Ministério Público. 

A fonte avançou que o Gabinete de Luta contra a Corrupção e Delitos não tem competência de praticar os atos contestados pelos advogados dos suspeitos, sem, no entanto, explicar os detalhes sobre os atos em causa. 

“O requerimento entregue pelos advogados  antigos dirigentes será remetido para a apreciação do Supremo Tribunal de Justiça, na veste do Tribunal Constitucional e que só depois do seu pronunciamento será agendada uma nova data de julgamento”, confidenciou a nossa fonte.

Salienta-se que os dois ex-governantes, Suleimane Seidi, ministro da Economia e Finanças, e António Monteiro, Secretário de Estado do Tesouro, foram detidos no dia 30 de novembro, após uma audição pela comissão de inquérito do Gabinete de Luta contra a Corrupção e Delitos Económicos do Ministério Público.

Horas depois, foram retirados à força das celas da Polícia Judiciária por um grupo de agentes da Guarda Nacional que os conduziu para o seu aquartelamento. A ação motivou troca de tiros com elementos da Guarda Presidencial e mais tarde com elementos da Polícia Militar.

Nas primeiras horas do dia 01 de dezembro, Seidi e Monteiro foram reconduzidos às celas da PJ, em Bissau.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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