Luta Livre: GUINÉ-BISSAU PARTICIPA NO CAMPEONATO AFRICANO E TORNEIO DE ACESSO AOS JOGOS OLÍMPICOS 2024

A Guiné-Bissau participa no Campeonato Africano de Luta Livre e no torneio de qualificação conjunta entre África e Oceânia para os próximos Jogos Olímpicos Paris 2024. As duas competições vão decorrer na cidade de Alexandria, Egito, neste mês de março.

O Campeonato Africano de Luta Livre vai decorrer de 14 a 19 de março de 2024 e o Torneio de Qualificação para os Jogos Olímpicos de 22 a 24, na mesma cidade portuária do mediterrâneo, no Egito.

A Guiné-Bissau vai participar nestas competições com três atletas, embora a Federação de Luta (FLGB) tivesse inscrito quatros, três masculinos e um feminino. Os parcos  meios financeiros deixaram de fora a atleta Débora Valéria Turé da categoria de 50 kg.

Trata-se de Bacar Ndum na categoria de 74 kg, Diamantino Luna Fafé na categoria de 57 kg e WotnaCana Ndoc na categoria de 65 kg. Esta será a primeira participação de Wotna Cana Ndoc no certamente internacional de luta livre.

A informação foi transmitida à secção desportiva do Jornal O Democrata pelo próprio presidente da FLGB, João Bernardino Soares da Gama, em entrevista telefónica a partir de Marrocos, de onde seguirá para o Egito para participar no certamente internacional.

João Bernardino Soares da Gama assegura que o objetivo da federação é trazer medalhas para o país e para além de alcançar o pódio na prova africana, mostrou-se confiante que a delegação nacional vai conseguir alcançar o apuramento para os Jogos Olímpicos na modalidade de luta livre.

“O nosso objetivo é trazer as medalhas para a Guiné-Bissau, apesar da falta de atenção das nossas autoridades. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho”, assegurou, salientando que a falta de apoios não vai deixar a instituição desportiva cumprir o seu propósito, porque “encontraremos pessoas sensíveis à modalidade de luta livre”.

“Nos últimos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, conseguimos participar com mérito com dois atletas, Diamantino Luna Fafé e o Augusto Midana, que agora desempenha a função de treinador destes atletas. Desta vez queremos manter o mesmo feito da edição passada. Estamos a falar de uma modalidade, que ao longo de sete edições que a Guiné-Bissau participou nos Jogos Olímpicos, a luta foi a única que conseguiu marcar a sua presença com mérito”, enfatizou.

Segundo a explicação do presidente da FLGB, o órgão vai continuar a trabalhar mesmo com estas dificuldades, para manter a tradição da modalidade de luta livre nos Jogos Olímpicos e garantir uma presença efetiva nesta competição.

Antes da deslocação da caravana nacional para o Egito para marcar presença nestas duas competições, a Guiné-Bissau participou na 13.ª edição dos Jogos Africanos, que decorre em Acra, Gana. Esta competição é o maior evento desportivo multidisciplinar da África e tem por objetivo promover o desporto africano de alto nível e os intercâmbios culturais entre os países membros da União Africana (UA).

Os Jogos Africanos terminam apenas a 23 de março, mas o atleta guineense de luta livre, Bacar Ndum, na categoria de 74 kg, conquistou na passada segunda-feira, 11 de março, a medalha de bronze.

Segundo a FLGB, Ndum, sobrinho de Augusto Midana, entrou na competição com dores ligeiros, resultantes de uma lesão durante o seu estágio, que acabou por piorar durante o combate.

Mesmo estando lesionado, o jovem atleta guineense vai participar no Campeonato Africano de Livre e no Torneio de qualificação conjunta entre África e Oceânia para os próximos Jogos Olímpicos Paris 2024.

O organismo tem participado em diferentes competições internacionais de Luta Livre, com destaque para o Campeonato Africano e o Mundial da modalidade, com o apoio do Comité Olímpico Nacional e de parceiros internacionais.

Por: Alison Cabral

Author: O DEMOCRATA

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