ESTABILIZAÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO DEPENDE DE UMA POLÍTICA ESTRUTURADA

O Secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica, Djibrilo Djaló, afirmou esta segunda-feira, 25 de março de 2024, que a estabilização do sistema educativo guineense depende da definição de uma política estruturada e a sua posterior operacionalização com mecanismos de seguimento e de avaliação rigorosa presentes e eficientes.

Djibrilo Djaló falava na abertura do seminário de cinco dias, de 25 a 29, do mês em curso, sobre a elaboração do pacto entre Ministério da Educação Nacional e os parceiros internacionais. 

O  pacto de parceria é um guia para a transformação do sistema educativo. O documento estabelece a forma como um país parceiro de grupo local ou parceiro mundial daeducação pretende trabalhar com os seus parceiros em torno de uma reforma prioritária como potencial catalisador de uma mudança total do sistema.

No seu discurso, defendeu que é urgente trabalhar nas prioridades identificadas para o setor educativo, tendo em conta as reais capacidades do Ministério da Educação Nacional.       

Realçou que o fato de a educação ser um direito fundamental de cada cidadão, deve constituir uma prioridade de todos os Estados que almejam um desenvolvimento integral, sustentável e duradouro, pois “qualquer reflexão que se faça neste sentido deve merecer uma atenção cuidada, dedicação e um compromisso”.

Djaló lembrou, neste particular, que ao longo dos anos o sistema educativo guineense tem apresentado algumas fragilidades por fatores que não são conhecidos tais como: a dificuldade na continuidade das políticas públicas, a timidez na sua implementação aliada a sucessivas greves que condicionaram a não observância de grandes progressos em termos de acesso à educação, à melhoria de qualidade de ensino e à consolidação da governança e a pilotagem no setor.    

O governante afirmou que o foco do governo enquadra-se no cumprimento dos objetivos do desenvolvimento sustentável que são a educação de qualidade, emprego, trabalho decente, igualdade de género, inovação e a redução das desigualdades, com vista a uma Guiné-Bissau desenvolvida e inclusiva, democrática e aberta ao mundo moderno, seguro com acesso à justiça e à liberdade plena.  

Por sua vez, a representante da UNICEF, Etona Ekolé, alertou que a Guiné-Bissau deve concluir o processo de desenvolvimento do pacto com a parceria global para educação e submetê-lo atempadamente, sob pena de perder um importante recurso de financiamento que o país tanto precisa. 

Etona Ekolé convidou o país no sentido de priorizar as mudanças mais amplas que ajudem o governo a transformar o sistema educativo guineense e a melhorar a aprendizagem de uma forma sustentável.

Ekolé sublinhou no seu discurso que o pacto de parceria, enquanto um instrumento estratégico e orientador da transformação sistémica, deve espelhar-se e refletir um processo exaustivo, participativo e inclusivo, de consultas e auscultações que permitam convergir em torno de uma reforma prioritária e identificar os seus fatores facilitadores e garantir o alinhamento dos recursos entre todas as partes intervenientes.     

Por: Carolina Djeme

Fotos: CD

Author: O DEMOCRATA

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