Os dirigentes da Assembleia de Povo Unido-PartidoDemocrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) demitiram-se das suas funções no governo de iniciativa presidencial liderado por Rui Duarte Barros.
As decisões de Augusto Gomes, Ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Valentino Ernesto Hideberto Infanda, Ministro da Energia, e Garcia Bifa Bedeta, Secretário de Estado da Juventude, vêm expressas numa carta de demissão que estes membros do governo enviaram ao primeiro-ministro, Rui Duarte Barros.
Augusto Gomes e Garcia Bifa Bedeta justificam a demissão por motivos políticos em obediência às orientações superiores do partido sobre o fim da participação da APU-PDGB no governo de Iniciativa presidencial.
Enquanto Valentino Ernesto Hideberto Infanda argumentou que sente que as suas “competências foram fragmentadas”, desde que assumiu as funções como membro do governo e que continuar mais a pertencer o executivo por algum tempo é submeter-se ao “estado de desânimo”.
“Qualquer governo tem de estar acima de tudo e de todas e, infelizmente, adotou as suas linhas mestras de governação fora do cômputo geral de administração socioeconómica e política. O facto que entendo como melhor solução é nunca fazer parte do problema e, sob os melhores interesses da população, de superiores interesses ideológicos da minha formação política (APU-PDGB) e sob as orientações e obediência consagrada nos estatutos da APU-PDGB, demito-me das minhas funções neste governo sob a sua liderança”, pode ler-se na carta de Valentino Ernesto Hideberto Infanda.
Refira-se que numa declaração política, datada de 15 de junho, a Assembleia de Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau ordenou que todos os seus militantes e dirigentes se demitam das suas funções no atual governo em “obediência e respeito aos estatutos do partido” e porque também aquela formação política retirou a confiança política ao Presidente da República, Umaro Sissoco.
Por: Tiago Seide



















