O presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Roberto Vieira, revelou esta quarta-feira, 31 de julho de 2024, que o Instituto Nacional de Estatística está munido de quadro legal, à semelhança de institutos nacionais de estatísticas e de outros países da União Monetária Oeste Africano (UEMOA), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) para fazer o seu trabalho cabal.
Roberto Vieira falava no seminário informativo para os jornalistas para o lançamento do 4º Recenseamento Geral de População e Habitação na Guiné-Bissau (RGPH4), previsto para abril de 2025.
“O INE funcionava como uma direção, mas há dois anos houve uma reforma do quadro institucional, em três diplomas a Lei de Base do Sistema Estatístico Nacional, o Regulamento Interno e o Estatuto Orgânico”, frisou, tendo lembrado que a Guiné-Bissau, deveria ter realizado o quarto recenseamento geral da população e habitação em 2019, mas não aconteceu por duas razões de ordem financeira e técnica.
“Depois da reforma do quadro legal institucional, viu-se que há uma necessidade de apoiar a Guiné-Bissau no sentido de realizar o seu 4º recenseamento geral da população e habitação. O país faz parte do concerto das nações e não se pode falar da estimativa da população mundial, se a Guiné-Bissau até agora não fez o recenseamento da sua população. O recenseamento é a operação mais importante que o INE tem para executar”, realçou.
O responsável do Instituto Nacional de Estatística informou que a Guiné-Bissau recebeu financiamento do Banco Mundial na ordem de 15 milhões de dólares americanos, divididos em duas partes, uma para apoiar o sistema estatístico nacional, setoriais, agricultura, pecuária, floresta, caça e ambiente e outra para financiar o recenseamento geral da população e habitação.
“Como o financiamento vem do Banco Mundial, há toda necessidade de criar unidade de gestão do projeto no sentido de fazer com que todas as atividades e os critérios sejam cumpridos rigorosamente, conforme estabelecido pelo Banco Mundial”, indicou e defendeu que que era fundamental convocar os jornalistas, nesta fase do processo, para dar opontapé de saída.
“Para que todas as atividades tenham um efeito multiplicador e que cheguem à população era necessário envolver os jornalistas, para que todos estejam no mesmo nível de informação que sai do emissor para recetor”, defendeu.
O presidente do Instituto Nacional de Estatística anunciou que, em breve, as equipas de inquiridores estão no terreno para a recolha de informações e “sem o vosso apoio, essa atividade não terá o efeito desejável, por isso chamamos os jornalistas de diferentes rádios, jornais e televisão para participarem no seminário”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A