A narrativa semiose da nossa Tabanka tem os procedimentos discursivos que produzem os efeitos de objetividade e de neutralidade num discurso de construção de um imaginário coletivo democrático de um Estado. É uma forma de estabelecer, numa Tabanka, um padrão da natureza cognitiva. O que permitirá ao jovem e ao velho trazerem para o centro dos debates nacionais as suas próprias ideias, mesmo as das Tabankas periféricas, para a construção do imaginário coletivo democrático da nossa Tabanka.
Infelizmente ainda na nossa Tabanka, Guiné-Bissau, o velho não pode, mas sabe, e jovem pode, mas não sabe como construir um imaginário coletivo democrático nacional. Vivemos hoje na encruzilhada da fabulação da narrativa semiose do velho não pode, mas sabe cognitivamente o que a nossa Tabanka precisa, e do jovem que pode, mas não sabe o que cognitivamente a nossa Tabanka precisa para construir um novo imaginário coletivo democrático nacional.
A fabulação da dicotomia jovem versus velho esbarra a essencialização cognitiva do o guineense enquanto instrumento de desenvolvimento do nosso imaginário coletivo democrático nacional. Toda a geração etária do cidadão guineense deve estar em condições de poder produzir uma narrativa cognitiva que demonstre a sua afirmação contra a corrente da fabulação da dicotomia o jovem versus o velho.
A fabulação da narrativa discursiva jovem versus velho está a estabelecer dois princípios axiais opostos no nosso imaginário coletivo democrático nacional: tribalismo partidário e discurso de caris-étnico e tribal nos Media nacionais.
Na verdade, não existe ainda, no nosso país, uma verdadeira comunidade cognitiva de jovem e velho. Não basta que uma comunidade cognitiva seja apenas legalizada. É preciso também ser uma verdadeira comunidade cognitiva com um espirito critico nacional. O espirito critico e o questionamento são dois instrumentos fundamentais na construção de um imaginário coletivo democrático de um país como a nossa Tabanka, a Guiné-Bissau.
Infelizmente, na Guiné-Bissau, o jovem e o velho não estão, neste momento, cognitivamente preparados para questionar as AKAZUS ruandeses que estão, inequivocamente, a exaltar o discurso de ódio de caris-étnico [AN1] e tribal nos partidos políticos. Estamos todos preparados para apenas opormo-nos o que epistemicamente um grupo dos cidadãos estabeleceram fora da fabulação da dicotomia do velho versus jovem.
Na nossa Tabanka, Guiné-Bissau, é mais fácil opor-se na narrativa da dicotomia jovem versus velho do que questionar para descobrir cognitivamente o valor semiose da fabulação narrativa jovem versus velho. Claro, opor-se, na fabulação semiose de narrativa jovem versus velho, é mais fácil do que descobrir que realmente o velho pode e sabe contribuir cognitivamente como jovem no estabelecimento de um imaginário coletivo democrático nacional.
O velho guineense tem medo de saber que não pode, mas sabe, e jovem tem igualmente o medo de saber que pode, mas não sabe. Nem o velho, nem o jovem querem reconhecer o valor cognitivo de velhice e da juventude. Reconhecer o valor cognitivo do velho implicaria alteração de toda atitude e comportamento do jovem. O mesmo aconteceria se o velho reconhecesse o valor cognitivo de jovem.
Criamos hoje, na nossa Tabanka, uma habilidade técnica de fabulação da narrativa discursiva semiose para opormo-nos ao pensamento cognitivo de um velho que sabe e não pode ou de um jovem que pode, mas não sabe. O que enraizou profundamente, na nossa Tabanka, o preconceito do velho e do jovem. Em suma, torna ainda, mais difícil e mais fabulosa a narrativa cognitiva semiose de Jovem versus velho na construção do nosso imaginário coletivo democrático nacional.
Urge pensar globalmente na cognitividade de velho versus jovem no desenvolvimento da nossa Tabanka, Guiné-Bissau. O velho e o jovem devem ambos assumir um papel relevante na procura de respostas positivas e construtivas para a promoção da paz e do desenvolvimento sustentável do nosso imaginário coletivo democrático nacional na nossa Tabanka, a Guiné-Bissau.
Drº António Nhaga
Diretor Geral