OBSERVATÓRIO DA MULHER GUINEENSE LANÇA BOLSA DE CRIAÇÃO JORNALÍSTICA DESTINADA AOS PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

O Observatório da Mulher Guineense é um projeto que está a ser desenvolvido pelas organizações da sociedade civil, nomeadamente Mindjeris di Guiné nó Lanta (MIGUILAN), Associação das Mulheres Profissionais da Comunicação Social (AMPROCS), Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e a ONG Portuguesa ACEP.

Esta quinta-feira 24 de abril de 2025, lançaram a bolsa de criação jornalística, destinada aos profissionais da Comunicação Social guineense, como forma de colocar a questão da mulher guineense no centro da agenda da Guiné-Bissau.

A informação foi avançada pela Coordenadora do Observatório da Mulher Guineense, Nelvina Barreto, na cerimónia de lançamento da bolsa de criação jornalística, realizada na Casa dos Direitos, em Bissau.

Nelvina Barreto disse, na sua comunicação, que o país está  virado mais  para as temáticas que não beneficiam e muito menos impactam diretamente a vida das mulheres, deixando de lado um grupo importante da população guineense.

A responsável do Observatório da Mulher Guineense informou que realizaram um inquérito em 9 regiões do país a 400 mulheres, que relataram,  em viva voz,  e em primeira pessoa, quais são os seus desafios, quer no âmbito das suas atividades económicas, vida social como casamento, planeamento familiar, questões ligadas a religião e tradição, oportunidades de acesso à escola e centros de saúde.

Disse que futuramente o estudo sobre as condições das mulheres na Guiné -Bissau será publicado

Por sua vez, a vice-presidente da Associação das MulheresProfissionais da Comunicação Social (AMPROCS), Fátima Tchuma Camará, disse que decidiram criar a bolsa de criação jornalística como forma de acordar consciências dos profissionais da comunicação social guineense sobre a camada que está a trabalhar dia e noite, neste caso das  mulheres.

“Milhares de mulheres estão a sofrer de várias situações, sobretudo com a questão de desigualdade e várias barreiras que lhes impedem para se  afirmarem na sociedade. Toda a bravura  e o trabalhos que as mulheres revelaram nunca foram bem consideradas mas são trazidos à tona para o público”, criticou.

Fátima Tchuma Camará frisou que os órgãos da comunicação social têm um papel “extremamente importante”, porque conseguem ir muito mais longe, razão pela qual lançaram a bolsa de criação jornalística no sentido de os profissionais da comunicação social  irem procurar aquelas mulheres nas tabancas mais rurais da Guiné-Bissau que estão a desempenhar um papel importante para o desenvolvimento do país.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Author: O DEMOCRATA

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