O Sindicato Nacional de Professores e Funcionários das Escola Superior de Educação (SIESE) denunciou esta quinta-feira, 22 de maio de 2025, a violação do Edital de abertura das candidaturas para o mestrado em língua portuguesa no ano letivo 2025/2026.
A denúncia foi tornada pública pela vice-presidente da SIESE, Isabel Pereira Djedju, em conferência de imprensa realizada numa das salas da Unidade Tchico Té.
Segundo as explicações de Isabel Pereira Djedju, no passado dia 05 de maio de 2025 foi publicado um edital de abertura de candidaturas para o curso de mestrado em língua portuguesa, com critérios específicos que serão aplicados na seleção de candidatos para mestrado.
“No ponto 1, consta que o número total das vagas é de 24 lugares e no ponto 1 e 2, referia-se que a quota para a Unidade Tchico Té era 20%, que corresponde a cinco formandos, para o concurso geral, seria de 80%, 19 formandos e 1.4 quota de género a aplicar aos candidatos do concurso geral, na qual 9 para formandas do género feminino e 10 do género masculino”, revelou.
Segundo Isabel Pereira Djedju, no ponto 2 do mesmo processo de admissão, a seleção dos candidatos por série de candidatos que foram selecionados, 5 candidatos seriam indicados pela Escola Superior da Educação- Unidade Tchico Té, em função da aplicação dos critérios gerais da admissão, seleção e seriação.
Perante esta situação, Isabel Pereira Djedju questionou porque foram convocados alguns professores candidatos no dia 10 de maio para uma reunião onde terão sido discutidos os procedimentos ou critérios de mestrado, uma vez que estava ainda em curso o processo das candidaturas.
Para Isabel Pereira Djedju, o critério utilizado no processo de seleção dos candidatos não foi transparente e acusou os responsáveis pelo processo de estarem a criar vícios à volta do mestrado.
Perante esta situação, a sindicalista anunciou que a SIESE vai acionar todos os mecanismos legais para fazer cumprir o edital publicado para a seleção dos candidatos para o curso do mestrado em língua portuguesa para desencorajar manobras que possam colocar em causa a transparência do processo.
“Não vamos deixar. Vamos desencorajar todas as ações, todos os atos que vão pôr em causa os critérios publicados no edital”, disse.
Outra questão que se levantou tem a ver com o subsídio atribuído aos professores de língua portuguesa que o Instituto Camões dá para para os professores do centro de Língua Portuguesa, por estarem a dar o curso de licenciatura, tendo lembrado que desde 2023 a Unidade Tchico Té deixou de recrutar formandos para o curso de Bacharelato.
Por fim, Isabel Pereira Djedju pediu ao Instituto Camões a repensar a atribuição de subsídios aos professores que pertencem ao mesmo departamento, uma atitude que considerou uma descriminação de uns e beneficiar outros que estão a fazer o mesmo trabalho, porque “está a criar um ambiente de mal-estar entre os professores da língua portuguesa”.
Por: Carolina Djeme



















