FRENTE POPULAR CONFIRMA DETENÇÃO DE SEIS ATIVISTAS E PEDE A SUA LIBERTAÇÃO IMEDIATA

A Frente Popular e o Movimento Cívico Pô di Térra, duas plataformas da sociedade civil, confirmaram a detenção de seis ativistas, nas primeiras horas deste domingo, quando estavam concentrados nas imediações de QG e pediu a sua libertação incondicional. 

Apesar de ameaças, as duas plataformas da sociedade civil saíram às ruas de forma dispersada em pontos estratégicos da capital e mais trade foram dispersadas pelas forças da ordem . Nas primeiras horas deste domingo era notável a presença de forças de segurança nas estradas para tentar conter os manifestantes, ainda assim houve manifestação.

Os ativistas acusaram o atual regime no poder de ter feito tudo para restringir a liberdade de expressão e de manifestação no país.

As detenções aconteceram em diferentes bairros da cidade de Bissau, no interior do país e na diáspora (África e Europa).

Nas primeiras horas da manhã, as ruas da capital foram inundadas de elementos da Polícia de Intervenção Rápida, da Guarda Nacional e de outras forças da Polícia de Ordem Pública (POP) e estavam a rigor (equipados) com armas de fogo. 

Segundo fontes das organizações promotoras, as forças policiais terão detido também pessoas que estavam de trajes desportivos, suspeitos de terem  participado na marcha.

Em conferência de imprensa Inkanande Ka, membro da Frente Popular, disse que homens “ fortemente armados” espancaram e detiveram seis membros das duas organizações e depois continuaram as suas ações de caça ao homem nos bairros, pretendendo os manifestantes.

“Ultrapassamos todas as dimensões, quando falamos dos direitos humanos. Estamos num país de barbáries, onde não se pode falar das leis  nem dos direitos humanos. Somos apenas um grupo de jovens que decidiu lutar por esta república, reclamar a verdade, a boa governação, um ensino de qualidade e saúde gratuita para todos os cidadãos”, indicou. 

Inkanande Ka disse acreditar que ainda é possível mudar o rumo das coisas, razão  pela qual jamais  desistirão dessa luta, que  anunciou levar até ao fim sem ou com a vontade das autoridades.

Disse estarem determinados a colocar em causa a sua integridade física diante de todas as ameaças, para acabar com as atrocidades que as autoridades estão a cometer.

“Estamos solidários com os nossos irmãos que estão detidos. Em 2024, quando organizamos a marcha a 18 de maio, foi nessa brutalidade que as forças da ordem atuaram. Em vez de forças da ordem, temos forças de desordem. Provavelmente que os nossos colegas estão a ser submetidos a torturas como muitas pessoas foram torturadas ao longo da vigência do atual regime”, assinalou.

A manifestação tinha como objetivo, segundo os organizadores, lutar contra a ditadura, exigir a reposição da ordem democrática e o fim da supressão das liberdades fundamentais dos cidadãos.

Por: Filomeno Sambú

Author: O DEMOCRATA

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