O ministro das Obras Públicas, Construção, Habitação e Urbanismo, José Carlos Esteves, afirmou este sábado, 28 de junho de 2025, que o norte da Guiné-Bissau é a maior zona da produção da castanha de cajú, por isso faz todo o sentido o governo reconstruir e reabilitar as estradas para permitir o escoamento do maior produto de exportação e estratégico para o desenvolvimento da economia do país.
José Carlos Esteves falava na cerimónia da receção técnica da Ponte sobre o Rio Caur e das obras de reconstrução de 60 quilómetros da estrada em terra e 53 pistas rurais na estrada que liga a secção de Ingoré, Bigene e Farim.
A estrada foi reconstruída no âmbito do Projeto de Reabilitação das estradas não pavimentadas nas regiões de Cacheu e Oio, concretamente a estrada que liga Ingoré, Bigene, Barros e Farim, organizado pela Agência de Comunicação e Marketing Kenam no setor de Bigene norte do país.
No seu discurso, José Carlos Esteves disse que o executivo espera que, com a reabilitação de 60 quilómetros da estrada em terra e 53 pistas rurais, os produtores e a população em geral passarão a diversificar a produção para que o país não dependa de um único produto que é o cajú.

O governante anunciou que o governo e seus parceiros têm em manga vários projetos de reabilitação de estradas e pistas rurais em todo o território nacional.
Enfatizou, neste particular, que a Guiné-Bissau dispõe de várias riquezas, razão pela qual é preciso criar condições para que a população possa explorar, de forma racional, os recursos e as infraestruturas rodoviárias para o bem-estar do país e a dinamizar a economia nacional.
Por seu lado, a representante residente do Banco Mundial(BM) na Guiné-Bissau, Rosa Brito, informou que a reabilitação dos 60 quilómetros da estrada principal entre Ingoré e Ponte Caur e pistas rurais representa um “salto qualitativo” na mobilidade da região.
Sublinhou que o trajeto que antes demorava mais de três horas e meia pode agora ser percorrido em apenas uma hora e quinze minutos, permitindo o acesso mais rápido às escolas, aos mercados e aos centros de saúde, reduzir o isolamento e criar novas perspetivas para o futuro.
Rosa Brito disse que o Banco Mundial orgulha-se de continuar a apoiar o desenvolvimento das infraestruturas da Guiné-Bissau, consciente do “impacto transformador” que estas têm na vida das pessoas.
Para o Administrador do Setor de Bigene, Alfredo Quematcha, a reabilitação da estraga Ingoré, Bigene e Barros permitirá criar as condições para o escoamento de produtos e facilidade na circulação das pessoas.
Quematcha aproveitou a ocasião para pedir aos populares daquela zona para conservarem bem as infraestruturas rodoviárias para que no futuro possam beneficiar de estradas revestidas em diferentes localidades.
De recordar que o projeto de reabilitação da estrada, que iniciou em 2021, foi financiado pelo Banco Mundial no valor de 4 bilhões de francos CFA.
Por: Aguinaldo Ampa



















