O Espaço de Concertação e a Frente Popular condenam o “bárbaro, macabro e premeditado assassinato de Mamadu Tanu Bari”, exigindo a abertura imediata de um inquérito independente, credível e imparcial, que conduza à responsabilização integral dos seus autores.
Em comunicado, as duas organizações da sociedade civil responsabilizam “direta e inequivocamente o ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, pela morte de Mamadu Tanu Bari e pela agressão brutal do jornalista Waldir Araújo”.
Exigem da Polícia Judiciária a divulgação imediata dos resultados da perícia forense, garantindo à família o direito à verdade e à justiça, tendo repudiado com total indignação o ataque bárbaro ao jornalista Waldir Araújo e exigido a identificação e responsabilização penal dos seus agressores.
O Espaço de Concertação e a Frente Popular alertam com máxima urgência o povo guineense sobre os perigos reais e crescentes que “Umaro Sissoco Embaló” representa para a integridade das instituições, para os direitos dos cidadãos e para a estabilidade do país.
“A morte de Mamadu Tanu Bari constitui uma oportunidade crucial para que o Ministério Público prove se é uma instituição ao serviço da justiça ou se continua a comportar-se como uma vergonhosa marioneta nas mãos de Umaro Sissoco Embaló” desafiaram.
“Segundo relatos públicos da família, Mamadu Tanu Bari viu-se forçado a fugir do país, temendo pela sua vida. Contudo, gravações de áudio amplamente divulgadas nas redes sociais revelam pressões intimidatórias e sistemáticas exercidas pelo ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para forçar o seu regresso, o que indica, de forma inequívoca, a existência de um plano meticuloso e premeditado para a sua eliminação física” lê-se no comunicado, denunciando que, no rescaldo desse crime repugnante, vários militares ligados à Presidência da República foram arbitrariamente detidos em diferentes instituições de segurança nacional, sem fundamentos legais, numa clara demonstração de abuso de poder e perseguição política.
“A isto soma-se o ataque covarde e selvático ao jornalista Waldir Araújo, correspondente da RTP–África na Guiné-Bissau, ocorrido na madrugada de 27 de julho de 2025. Um grupo de indivíduos encapuzados, agindo com brutalidade, agrediu o jornalista com o claro objetivo de o intimidar, silenciar e condicionar o exercício do jornalismo livre e independente” insistiram, sublinhando que estes atos “monstruosos e sistemáticos de violência política e repressão” demonstram que a Guiné-Bissau já está num estado de barbárie institucional, onde o assassinato, a intimidação e a tortura assumem-se como instrumentos de governação de um regime sem qualquer legitimidade moral ou política.
“O regime ilegal, opressor, tirânico e politicamente caduco liderado por Umaro Sissoco Embaló constitui uma ameaça gravíssima à paz, à democracia, ao Estado de direito e às liberdades fundamentais. A sua conduta autoritária, violenta e persecutória representa uma nódoa inaceitável na história da nossa jovem República” concluíram.
Por: Tiago Seide
















