O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, apontou esta quinta-feira, 31 de julho de 2025, que Tano Bari, um dos seus seguranças, como “um desaparecido” e que aguarda a investigação das autoridades. De lembrar que Tano Bari foi dado como morto por familiares.
O chefe de Estado, que falava à saída da reunião do Conselho de Ministros, disse que o áudio vazado nas redes sociais não lhe surpreendeu, pois sabia que estava a ser gravado por Tano Bari, que considerou “ um desparecido”, não morto.
“Para mim é um desaparecido e o caso está a ser investigado. Pessoalmente estou a segui-lo muito bem e a aguardar os resultados da investigação”, afirmou.
O chefe de Estado admitiu que pode haver ensaios de tentativas de golpes de estado, mas em nenhuma circunstância voltará a acontecer a 01 de fevereiro na Guiné-Bissau e disse que foi eleito pelo povo e se terá que ser sancionado, será por meio das urnas, não por subversão da ordem constitucional.
“Se vencer as próximas eleições, será o fim do ciclo do meu mandato previsto na Constituição da República e quem vier a ser eleito o Presidente da República deve ser cauteloso e tomar medidas adequadas. Os nossos políticos devem ter noção que na democracia o Presidente é legitimado nas urnas”, frisou.
Sissoco Embaló acusou os políticos guineenses de serem instrumentos de instigação que tem levado as pessoas a cometerem “erros de avaliação” e deixou claro que as respostas serão adequadas a cada caso, visto que o país não pode ficar permanente a falar de golpes de estado fabricados por “políticos marginais e bandidos”.
“A política faz-se com projetos de construir o país, não destruí-lo. Quando não estão nas rédeas da governação têm que criar situações de golpe de estado ou orquestrar planos de matar o Presidente da República. Quem se sentir lesado pode recorrer à justiça”, desafiou e disse ter manifestado a sua disponibilidade aos Estados Unidos da América (EUA) e a Luís Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil, para ajudar a apaziguar o clima de tensão entre os dois países.
“Estamos numa comunidade com o Brasil. Antes de assumir a presidência rotativa da CPLP, já tinha manifestado a minha disponibilidade ao Brasil e aos EUA, na dinâmica de que não pode existir, num mundo globalizado, os Estados pequenos e Estados grandes. A ordem nunca será violada nem desafiada. Quem tentar terá respostas adequadas”, reiterou.
Reafirmou, neste particular, que a justiça tem de ser assegurada a todos os cidadãos, mas a liberdade de expressão deve ser exercida com responsabilidade, lembrando que quando assumiu o país estava num estado desagregado e que hoje se tornou um Estado real.
O Presidente da República sublinhou que está determinado a trabalhar, construir iniciativas novas para o país, porque “ se fomos capazes de realizar a cimeira da CEDEAO e da CPLP, um dia podemos organizar, em Bissau, a cimeira da União Africana, basta termos uma classe política responsável e maleável”.
Relativamente ao caso “Tcherninho”, o ex-chefe do corpo de segurança do Presidente da República, Sissoco Embaló disse que é normal, caso haja necessidade de ouvir uma pessoa sobre uma determinada matéria, convocar essa pessoa para ser ouvida.
“Mas quando um político fala de uma matéria que não é da sua competência, é porque está a provocar o que lhe custará a vida em frente”, afirmou.
Por: Filomeno Sambú
















