O ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, alertou que o paludismo continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade infantil na Guiné-Bissau.
O governante fez este alerta esta quarta-feira, 6 de agosto, nas instalações do Ministério da Saúde, durante a cerimónia de lançamento da 10.ª Campanha de Quimio Prevenção Sazonal do Paludismo, destinada às crianças das regiões de Bafatá e Gabú.
A Guiné-Bissau iniciou a implementação da Quimio Prevenção Sazonal (QPS) em 2016, inicialmente nas regiões de Bafatá, nomeadamente em sete áreas sanitárias, e de Gabú, em 14 das 19 áreas sanitárias.
De acordo com os dados disponíveis para a campanha deste ano, cerca de 110.000 crianças, com idades compreendidas entre os 3 a 59 meses, irão beneficiar do tratamento preventivo.
No seu discurso, Pedro Tipote apelou aos pais e encarregados de educação para que recebam esta campanha com confiança e sentido de responsabilidade, levando as crianças aos postos de saúde, permitindo que recebam o tratamento adequado.
Sublinhou ainda que “a saúde das crianças é o maior investimento que se pode fazer para o desenvolvimento do país”.
O ministro enfatizou que a resposta à luta contra o paludismo deve ser firme, coordenada e sustentada por evidência científica.
“É neste contexto que a Quimio Prevenção Sazonal surge como uma estratégia recomendada pela Organização Mundial da Saúde desde 2012”, destacou.
Por sua vez, o representante da OMS na Guiné-Bissau, Walter Cazade Molambo, afirmou que o país é extremamente vulnerável aos efeitos negativos das alterações climáticas, sejam elas inundações, variações de temperatura ou mudanças ambientais.
“Todos somos elementos essenciais para o desenvolvimento sustentável e precisamos realmente de trabalhar em conjunto para satisfazer as necessidades deste país, incluindo o combate à resistência aos medicamentos antipalúdicos”, declarou.
Walter Molambo frisou ainda que a Guiné-Bissau é um exemplo na implementação do calendário de campanhas de prevenção, o que foi reconhecido recentemente na reunião de Acra, sobre a autonomia dos sistemas de saúde.
Por fim, manifestou-se satisfeito por ver que o país continua comprometido com a prevenção da malária.
Por: Carolina Djemé



















