O novo Primeiro-ministro, Braima Camará, afirmou esta segunda-feira, 11 de agosto de 2025, que com a tomada de posse dos novos membros do governo, assume as funções do chefe do executivo da Guiné-Bissau para trabalhar “com classe, sentido de responsabilidade e uma firme determinação patriótica para combater a corrupção e o crime organizado”.
Braima Camará falava na cerimónia de posse do elenco governamental, realizada no Palácio da Presidência da República.
No universo de 37 membros do governo liderado por Braima Camará, 6 estiveram ausentes, por motivos de viagem, nomeadamente ministro do Interior Botche Candé, Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Soares Cassamá, Secretário de Estado da Juventude, Lesmes Monteiro, Secretária de Estado do Plano e Integração Regional, Salomé Santos Allouche e Secretária de Estado da Cultura, Nancy Cardoso.
Na sua intervenção, Camará disse que o momento exige uma imperatividade para reconciliação e, ao mesmo tempo demonstração de uma esperança renovada num futuro melhor para todos os guineenses.
Braima Camará informou que o governo que acaba de ser empossado inscreve-se no mesmo ciclo político que foi iniciado em 2020, sob ‘a alta magistratura” do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, sendo um governo de continuidade, mas com a particularidade própria do contexto atual em que vai entrar em funções.
Adiantou estar consciente do período que condiciona aquele executivo que deve dar respostas às exigências do funcionamento da administração do Estado e ao mesmo tempo procurar satisfazer a sociedade guineense.
”O programa deste governo não pode ser como um programa de um executivo de legislatura ou como se fosse uma governação projetada para quatro anos. É um governo que tem a missão de realizar, com sucesso, as eleições legislativas e presidenciais marcadas para 23 de novembro do ano em curso”, indicou.
Para o chefe do governo, trata-se de um desafio que irá preencher fortemente a agenda do executivo, sublinhado que não haverá margens para cometer erros no exercício da função para todos os membros que fazem parte do governo”, assinalou.
Por seu lado, Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse aos membros do governo empossados que continua a ser a mesma pessoa que quer trabalhar para ter resultados, disciplina e obedecer a hierarquia, porque veio da classe castrense em que o sistema funciona de forma hierarquizada e vertical.
Embaló afirmou que ‘neste governo não existe ministro do Presidente da República e muito menos do Primeiro-ministro”, mas todos devem obedecer ao chefe de executivo, porque” escolhi Braima Camará com confiança”.
Umaro Sissoco Embaló alertou, neste particular, que estará muito atento e intransigente com qualquer membro do governo que tente mostrar que ele pertence ao chefe de Estado ou ao Primeiro-ministro.
”Um dirigente que faz este tipo de erro de avaliação assumirá consequências imediatas dos seus atos”, alertou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
















