O Tribunal Militar Superior adiou esta sexta-feira, 17 de outubro de 2025 pela terceira vez, o julgamento do Contra Almirante, José Américo Bubo Na Tchutu, ex-chefe do Estado-Maior de Armada (Marinha Nacional) para 31 do mês em curso, onde serão ouvidas testemunhas que constam no processo da promotoria da justiça militar.
Após a suspensão do julgamento que durou mais de três horas nas instalações do Tribunal Militar Superior, em Bissau, sito no Quartel General (QG), o advogado de Bubo Na Tchutu, Marcelino Intupe, disse a imprensa que hoje começou mesmo o julgamento propriamente dito, depois de duas sessões sem sucesso, devido a insistência do colectivo dos advogados para o tribunal libertar o suspeito, “porque o Tribunal queria forçar o julgamento, sem no entanto cumprir a decisão tomada de libertar Bubo antes de início do julgamento. Libertaram na sessão passada e hoje o julgamento começou efetivamente”.
Intupe informou que a sessão do julgamento foi suspensa pelo Tribunal Militar Superior para ser retomada no dia 31 de outubro do ano em curso, desta vez com a audição das testemunhas rolados no processo da promotoria militar.
O advogado disse estar tranquilo, “porque o facto apresentado pela promotoria não tem suporte legal, de maneira que vamos aguardar a próxima sessão do julgamento que será no final do mês para ouvir as testemunhas constantes no processo”.
“Foi levantada, durante o julgamento, a questão em como o meu constituinte é coordenador de toda a operação de tentativa de golpe de estado de 01 de fevereiro de 2022 e ao mesmo tempo, tentou apropriar-se das instalações da Marinha de Guerra Nacional. Isso não corresponde a verdade, porque tecnicamente, é impossível alguém estar a coordenar uma operação militar ao mesmo tempo executá-la”, assegurou.
O advogado explicou aos jornalistas que no julgamento pediu a promotoria para sustentar os factos narrados no processo, sobretudo quando diz que Bubo Na Tchutu tentou apropriar-seda Marinha Nacional, sem tiroteio, como também apresentar provas das localidades que Natchuto se sentou com as pessoas que executaram a operação para planear, ao ponto de ele passar ser coordenador de toda a operação de 01 de fevereiro, com isso a promotoria terá dificuldades de aprovar factos narrados no processo.
“Estamos muito à vontade neste processo, porque sabemos que o nosso cliente será absolvido, porque todos os elementos citados no processo, estão em liberdade por causa da falta de provas, então não faz sentido condenar, a não ser mesmo absolver”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
















