O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou esta quinta-feira, 30 de outubro de 2025, em Bissau, que nunca esteve associado com qualquer intenção de mudar a ordem constitucional na Guiné-Bissau, lembrando que ao longo do seu percurso político somente tem utilizado o mecanismo democrático em disputas políticas com diferentes autores, incluindo o antigo Presidente da República, José Mario Vaz.
“Eu e juntos dos meus camaradas, que estão juntamente comigo, assumimos desde o início do nosso percurso que só faremos o uso dos mecanismos democráticos, porque enquanto o partido politico é o único instrumento que temos a nossa disposição”, disse.
“Não existe nenhum momento e circunstância ou alguma coisa é em que a minha pessoa tenha sido associada, ou alguma coisa em que a minha pessoa tenha sido mencionada como tendo uma intenção de reverter a ordem constitucional, afirmou Domingos Simões Pereira, lembrando que Umaro Sissoco Embaló chegou de sugerir num encontro em Dakar, Senegal que a forma de resolver a disputa política que teve com o antigo Presidente da República, José Mario Vaz, seria somente com o Golpe Estado”.
Simões Pereira deixou esta garantia no final do encontro entre a Coligação PAI-Terra, API Cabaz Garandi e a Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE). Para além destas formações esteve presente neste encontro o antigo Chefe de Estado, José Mario Vaz, que disputa novamente as eleições presidenciais no país.
“Todos os meus pronunciamentos, todos os meus posicionamentos e todoas as minhas associações foramsempre o respeito a ordem constitucional. Portanto é triste quando um Presidente da República fora do mandato, pretende convocar mais vez o povo guineense para um momento da instabilidade, por isso, é fundamental o povo avaliar que chegou o momento de dar resposta adequada”, concluiu.
Importa salientar que o Presidente da República cessante, Umaro Sissoco Embalo acusou hoje o Domingos Simões Pereira, de querer enveredar-se pela lógica de golpe de Estado, afirmando que desta vez qualquer tentativa da parte deste não lhe sairá certa.
Por: Alison Cabral
