O Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA) em colaboração com o ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, promoveram o atelier da revisão anual dos programas e de oportunidades estratégicas para o país.
O encontro realizado numa das unidades hoteleiras de Bissau, reuniu dezenas de técnicos de diferentes instituições públicas e das organizações não governamentais que operam no setor de agricultura para discutir e validar o documento estratégico denominado “COSOP” 2025-2031.
O Programa de Oportunidades Estratégicas País (COSOP) traduz a ambição coletva do executivo guineense em colocar a Guiné-Bissau numa trajetórias do desenvolvimento sustentável, apoiando-se em estratégias bem definidas com o objetivo de reforçar a produtividade e a resiliência dos sistemas de protecção para garantir a segurança alimentar e nutricional. O governo pretende com o programa aumentar a renda das famílias rurais por meio das suas participações nas cadeias de valor.
Presidindo a cerimónia de abertura do atelier, o ministro de agricultura e desenvolvimento rural, Queita Baldé explicou que para garantir o sucesso e a sustentabilidade dessas iniciativas, programa de oportunidades estratégicas do país integra mecanismos sólidos de monitoramento e avaliação. Acrescentou que esses sistemas permitirão medir o impacto das intervenções e ajustar as estratégias de acordo com os desafios emergentes.
Baldé lembrou na sua intervenção que a cooperação entre o governo guineense e o FIDA começou nos anos seguintes à independência, tendo lembrado que aquela organização internacional que opera no setor agrícola financiou já cinco grandes projetos na Guiné-Bissau, com um custo estimado em 116,1 milhões de dólares norte-americano.
“Para melhorar o quadro de cooperação entre a Guiné-Bissau e o FIDA, ambas as partes concordaram em elaborar um documento de orientação e com isso o primeiro quadro de opções estratégicas – país (COSOP) do FIDA na Guiné-Bissau foi elaborado em 2003 e teve uma duração até 2018-2019”, contou, para de seguida avançar que de fato, uma nota de estratégia do país orientou as operações do FIDA na Guiné-Bissau no período 2019-2021, sendo posteriormente estendida até 2023.
Explicou ainda que o Governo assegura ao FIDA que as recomendações saídas do atelier serão consideradas e traduzidas em prioridades de desenvolvimento no âmbito do novo quadro de opções de estratégia do país 2025-2031.
O ministro revolou que hoje a Guiné-Bissau importa anualmente 140 mil toneladas de arroz, que segundo sua explanação, é uma situação que pesa muito a nivel de balança de pagamentos. Garantiu que as autoridades estão a trabalhar em colaboração com os parceiros para inverter esta tendência, de formas a poupar mais divisas para serem reorientados para outros setores.
Para o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Mohamed Hama Garba, o portefólio de projetos em curso demonstra um forte compromisso com o desenvolvimento agrícola inclusivo, a segurança alimentar e a redução da pobreza rural.
“Estas prioridades estão totalmente alinhadas com os resultados esperados do Grupo de Resultados 2 do UNSDCF”, referiu, para de seguida dizer que enquanto o sistema das NaçõesUnida, reconhece o contributo crucial do FIDA e dos seus projetos — como o Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Valor Agrícola (AVCD) e as iniciativas para a resiliência climática e a promoção do emprego rural para jovens e mulheres — para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Por sua vez, o diretor-geral do FIDA, Marcelin Norvilus, disse esperar o engajamento real e consciente dos técnicos guineenses nos trabalhos da revisão dos programas, “porque a performance do portefólio não depende do diretor do FIDA nem das instituições, mas da vontade de trabalho dos técnicos na implementação ou realização dos projetos”.
Por: Assana Sambú



















