O candidato às eleições presidenciais apoiado pela Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Djá, prometeu promover a unidade nacional entre os guineenses e acabar com a divisão étnica, discursos de incitação ao ódio e ao tribalismo na Guiné-Bissau.
O político fez essa promessa na secção de Binar, setor de Bissorã, onde esteve esta segunda-feira, 10 de novembro, para pedir voto à população de Binar, da secção de Encheia, bem como aos populares das tabancas arredores na ação sua contínua de caça ao voto pelo norte do país.
No seu discurso, afirmou, em diversas ocasiões, que um dos seus desafios será desenvolver o país, anunciando a sua aposta na agricultura, potenciar os recursos humanos e valorizar os setores tidos como potenciais da Guiné-Bissau.
Baciro Djá alertou Fernando Dias da Costa que o único interesse do PAIGC é apoiá-lo para confusão, por ser um candidato com pouca maturidade política.
“O PAIGC está apoiá-lo para confusão, pois é um candidato que tem falta da maturidade política. É preciso ter a maturidade política, o que Fernando Dias e José Mário Vaz não têm. Sou o único adversário de Umaro Sissoco Embaló”, disse.
Baciro Djá assumiu publicamente que os melhores quadros da Guiné-Bissau são da etnia balanta, tendo sublinhado que foi a primeira figura a dar oportunidade à juventude do Partido da Renovação Social e quando era primeiro-ministro do governo do PRS nomeou Fernando Dias da Costa, agora seu adversário político nas presidenciais, diretor-geral do Conselho Nacional de Carregadores, e Félix Blutna Nandungué, diretor-geral dos Portos da Guiné-Bissau, porque quer uma convivência sã e porque também decidiu ser pobre como Kumba Ialá, não como “atuais políticos que ostentam casas e carros”.

“Kumba Ialá decidiu morrer pobre, por ser um patriota. Dr. Kumba Ialá tem apenas uma casa que adquiriu do Estado da Guiné-Bissau. Félix Blutna Nandungué, que nomeei diretor-geral dos Portos, tem mais casas do que Baciro Djá. Tem hotéis por todo o país, porque não são patriotas, tanto Fernando Dias como Félix Blutna Nandungué. Kumba era um revolucionário que não se vendia por nada deste mundo”, afirmou.
Revelou ter nomeado também Roberto Mbesna, presidente da Previdência Social com a mesma intenção de dar oportunidade aos mais jovens, porque” não faço política com base nas afinidades étnicas”, tendo lembrado que Kumba Ialá morreu sem deixar riquezas, porque era um político profundamente comprometido com o seu povo.
“Todos estes jovens têm mais de dez casas. Têm, inclusive, casas no estrangeiro. Estes não são balantas, porque não sentem piedade de balantas. Construí 46 escolas nas zonas ocupadas por balantas. Em Encheia, construí três, uma foi destruída por tempestade. Quem se sente mais balanta do que Baciro Djá?”, questionou.
Embora tenha centrado o seu discurso nas questões étnicas, Baciro Djá condenou o voto étnico e pediu à população de Binar a votar nele como povo guineense, não como balantas.
Baciro Djá disse, no seu discurso, que é da responsabilidade do Estado e do Governo da Guiné-Bissau construir infraestruturas escolares, sanitárias e garantir água potável aos guineenses.
O candidato presidencial apoiado pela FREPASNA criticou o fato de a Guiné-Bissau ser um país que mais importa ao nível da sub-região em vez de apostar na agricultura, razão pela qual anunciou que se for eleito no dia 23 de novembro colocará, no país, 500 tratores, provenientes da República Popular da China, para desenvolver o setor agrícola.
Baciro Djá apelou não ao voto étnico nestas eleições, bem como pediu a outros concorrentes às presidenciais, partidos políticos e coligações eleitorais a absterem-se de discursos de incitação ao ódio e à violência, tendo alertado que aPresidência da República “ não é um lugar de estágio”.
No plano de desenvolvimento do país, pediu apenas cinco votos para Fernando Dias, por este estar a ser arrastado e enganado pelo PAIGC.
Na seção de Encheia, Baciro Djá pediu voto massivo na sua candidatura e em contrapartida prometeu desenvolver vários projetos nessa localidade e colocar uma ambulância para evacuação de grávidas e disse que se for eleito Presidente da República no dia 23 de novembro será promotor da unidade nacional entre todas as etnias da Guiné-Bissau e que não haverá divisão entre os guineenses.
Por: Filomeno Sambú



















