FAO ALERTA PARA VULNERABILIDADE CLIMÁTICA E INSEGURANÇA ALIMENTAR NA ÁFRICA OCIDENTAL

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a África Ocidental (SFW) apontou a África Ocidental como uma das regiões do mundo mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas (secas, inundações, irregularidade das chuvas), a que se somam outros riscos e desafios, como a insegurança, a pressão sobre os recursos naturais e a pobreza.

Em nota distribuída às redações a que O Democrata teve acesso, a FAO alertou também que estes choques sucessivos comprometem o desempenho agrícola e agravam a insegurança alimentar que afeta mais de 34 milhões de pessoas na região.

Neste contexto, o Escritório Sub-regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a África Ocidental (SFW) anunciou, no documento, que a organiza, de 18 a 21 de novembro de 2025, em Abidjan, Côte d’Ivoire – a 17ª Reunião da Equipa Multidisciplinar (MDT) sobre o tema: mecanismos de financiamento inovadores e reformas estruturais para a adaptação climática.

‎Segundo a nota, o encontro regional, que será realizado em modo híbrido, será presidido por Kobenan Kouassi Adjoumani, ministro de Estado, da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Produção Alimentar.

‎A reunião deverá juntar vários atores-chave, incluindo representantes da FAO nos 15 países da África Ocidental, altos responsáveis técnicos de instituições regionais, agências, programas e fundos das Nações Unidas, parceiros técnicos e financeiros, organizações coordenadoras, setor privado e representantes da sociedade civil.

”Será uma oportunidade para as diferentes unidades do escritório sub-regional da FAO para a África Ocidental, os Estados-membros, as comunidades económicas regionais (CER), as instituições especializadas e outras partes interessadas fundamentais dos setores público e privado refletirem em conjunto sobre mecanismos de financiamento inovadores e reformas estruturais adequadas para se adaptarem às alterações climáticas, a fim de reforçar a resiliência das comunidades e garantir a segurança alimentar e nutricional na sub-região”, anunciou Bintia Stephen-Tchicaya, Coordenadora Sub-regional interina da FAO para a África Ocidental.

‎No programa constam sessões técnicas sobre instrumentos de financiamento climático e reformas estruturais, uma exposição de cartazes destacando experiências bem-sucedidas de adaptação nos países, painéis de alto nível com representantes governamentais, especialistas internacionais e parceiros técnicos e financeiros, bem como recomendações concretas para mobilizar mais recursos, incluindo através do setor privado, em prol da agricultura resiliente e das comunidades rurais.

‎«Juntos, analisaremos  os progressos alcançados na implementação das recomendações da 16.ª reunião do MDT. Identificaremos e discutiremos as prioridades da África Ocidental e do Sahel, bem como das comunidades económicas regionais. Os participantes também partilharão as principais ideias, experiências e lições aprendidas com a implementação do Quadro Estratégico da FAO”, pode ler-se no documento.

‎O Escritório Sub-regional da FAO para a África Ocidental (SFW) abrange quinze países, nomeadamente Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Gana, Guiné-Conakry, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo, como uma população de mais de 300 milhões de habitantes.

Por: Filomeno Sambú

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