O candidato presidencial José Mário Vaz (JOMAV), apoiado pela Convergência para a Liberdade e Desenvolvimento da Guiné-Bissau (COLIDE-GB), defendeu que o país precisa “arregaçar as mangas” e implementar projetos concretos, como o programa “Mão na Lama”, voltado para o relançamento da produção local.
“Nós, políticos, temos salários. A população não tem. O salário do povo é o preço da castanha de cajú, as suas várzeas e o acesso à água potável. A falta de água está a matar pessoas no país, e isso é inaceitável”, alertou o antigo chefe de Estado guineense, durante a entrevista a jornalistas, ao fazer o balanço da sua campanha no setor de Bubaque, região de Bolama/Bijagós. Na ocasião, reforçou o seu compromisso de unir os guineenses e priorizar o desenvolvimento nacional.
O candidato lamentou o estado atual das infraestruturas e das condições de vida da população, destacando que muitos dos projetos iniciados durante o seu mandato foram abandonados.
Vaz recordou que, enquanto Presidente, promoveu a instalação de infraestruturas como uma fábrica de gelo e pirogas na zona insular, mas constatou com tristeza que essas estruturas já não estão em funcionamento.
“É lamentável ver famílias empobreceram. Esses equipamentos tinham impacto direto na vida das comunidades. Hoje, encontra-se tudo parado preocupa-me profundamente”, afirmou.
Sobre o cenário político, Vaz rejeitou a lógica de conquista do poder “a qualquer preço”. Para ele, governar deve ter um propósito claro: resolver os problemas concretos do povo. Também se posicionou contra o tribalismo, classificando-o como um mal que divide os guineenses.
“É um tema triste. O meu objetivo é unir os guineenses na sua diversidade étnica e religiosa e tirar o país da situação em que se encontra”, garantiu Mário Vaz.
O candidato afirmou sentir “tristeza” ao reencontrar os mesmos problemas que, segundo ele, já haviam sido resolvidos ou encaminhados no passado. Ainda assim, garantiu estar determinado a liderar um novo ciclo de desenvolvimento.
“Ninguém virá de fora desenvolver a Guiné-Bissau. Somos nós, guineenses, que iremos transformar este país”, afirmou, convidando os cidadãos a evitarem disputas e confrontos pelo poder.
“Só com estabilidade e propósito poderemos construir um país desenvolvido e garantir felicidade ao nosso povo”, concluiu.
Por: Tiago Seide



















